Prefeitura de Senador Canedo pagou mais de R$ 7 milhões para médicos em 2021 por meio de contratos duvidosos

Prefeitura de Senador Canedo pagou mais de R$ 7 milhões para médicos em 2021 por meio de contratos duvidosos

Prefeitura de Senador Canedo pagou mais de R$ 7 milhões para médicos em 2021 por meio de contratos duvidosos

A Secretaria da Saúde de Senador Canedo efetuou, até o dia 1º de dezembro, o pagamento de mais de R$ 7, 3 milhões dos R$ 11,9 milhões empenhados com as quatro principais empresas responsáveis pela contratação de aproximadamente 210 médicos prestadores de serviço para o município. Os recursos são oriundos do Fundo Municipal de Saúde. Os dados estão no Portal da Transparência da Prefeitura de Senador Canedo.

Apesar de comprovado em escala de trabalho apresentada na prestação de contas para recebimento mensal dos contratos firmados entre as empresas e a Secretaria Municipal de Saúde, a população reclama com frequência da falta de atendimento nas unidades de saúde de Senador Canedo. Apenas uma empresa, a RPC e Associados S/S Ltda, que detém entre os contratados a maioria dos médicos que prestam serviço no município, o empenho anual a ser pago é de pouco mais de R$ 11 milhões.

Até agora foram pagos cerca de R$ 7 milhões. Os contratos firmados com as empresas são confusos e não informam o número de médicos e de horas a serem cumpridas por estes profissionais. Neles, constam apenas o valor pago mensalmente.

Profissionais reclamaram que os pagamentos estavam atrasados há quatro meses e ameaçavam greve. Problemas pontuais como este teriam causado a troca de secretários na Pasta. A ex-secretária Gercilene Ferreira e sua equipe deixaram os cargos. O ex-diretor técnico da Secretaria Municipal de Saúde de Senador Canedo, o médico Elter Borges refuta a informação de atraso nos pagamentos.

“Não procede essa informação. Foi efetuado um pagamento na semana passada (referente ao mês de setembro) e já irá iniciar outro processo de pagamento agora (referente a outubro)”. Segundo ele, houve um problema burocrático com a troca de secretários e isso atrasou os pagamentos, mas nenhum profissional chegou a reclamar. “Não existe nenhuma possibilidade de greve”, assegura.

Os médicos são contratados por empresas ou credenciam as próprias empresas para prestar serviço para a Secretaria de Saúde de Senador Canedo. Em agosto deste ano, conforme planilha apresentada para pagamento dos contratos, 59 médicos trabalharam na UPA 24 Horas. São mais 32 profissionais no Hospital Senador Canedo; 17 no Pronto-Socorro São Sebastião; 18 no Pronto-Socorro São João; 20 no SAMU-USA; 43, formando 38 equipes do Programa Saúde da Família na Atenção Básica e outros 21 na Clínica Saúde da Mulher, dos quais, 7 são pediatras. Seriam 210 profissionais conforme a lista, mas um grande número presta serviços em mais de uma unidade de saúde, em plantões diferentes ao longo da semana.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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