Prefeitura de Taubaté retira projeto de revisão do IPTU da Câmara: o que esperar agora?

Saud (PP) retira da Câmara projeto de lei com revisão da base de cálculo do IPTU, em Taubaté

Segundo a prefeitura, o projeto de lei para revisar a planta genérica de valores imobiliários foi retirado da Câmara Municipal por conta de pareceres contrários de comissões.

Taubaté é uma cidade localizada no estado de São Paulo, conhecida por sua história e belezas naturais. Recentemente, um projeto de lei que pretendia estabelecer uma revisão da planta genérica de valores imobiliários da cidade foi retirado da pauta da Câmara Municipal pelo prefeito José Saud (PP). A proposta visava atualizar a base usada para calcular o valor venal dos imóveis locais, impactando diretamente na cobrança de impostos municipais como o IPTU e o ITR.

De acordo com a prefeitura, a decisão de retirar o projeto de lei da discussão foi motivada por pareceres desfavoráveis da Procuradoria Legislativa e da Diretoria Legislativa da Câmara Municipal. O vereador Rodson Lima Bobi (PRD), líder do prefeito no legislativo, solicitou a retirada do projeto. Vale ressaltar que a planta genérica de valores imobiliários de Taubaté está desatualizada há mais de duas décadas, e a proposta da prefeitura tinha como objetivo beneficiar mais de 8.000 famílias com a redução do IPTU.

Com o objetivo de atender às observações das comissões contrárias ao projeto original, a prefeitura informou que um novo projeto será elaborado e estudado. A proposta inicial, apresentada por José Saud em setembro deste ano, buscava corrigir desigualdades existentes desde a última atualização da planta genérica de valores, realizada em 1997. O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo tem alertado a prefeitura sobre a necessidade de atualização da base de cálculo do IPTU e outras taxas com base em critérios mais atuais.

A revisão da planta genérica de valores imobiliários é um tema de extrema importância para a cidade de Taubaté, visto que o cálculo utilizado para os impostos municipais se baseia em uma lei vigente há mais de duas décadas. Com a evolução da cidade e mudanças em diversas áreas desde 1997, a atualização desses valores se faz necessária para garantir uma cobrança mais justa e condizente com a realidade local. A prefeitura reiterou que o aspecto social do projeto é fundamental, visando beneficiar milhares de famílias com a redução do IPTU e regularização dos valores imobiliários.

Por fim, a prefeitura de Taubaté ressaltou a importância de debater e realizar ajustes nas políticas tributárias municipais, visando a equidade e justiça fiscal para todos os cidadãos. A esperança é que, com um novo projeto de lei que contemple as recomendações das comissões da Câmara Municipal, seja possível avançar na atualização da planta genérica de valores imobiliários da cidade, beneficiando não apenas os moradores, mas também promovendo um ambiente econômico mais favorável e transparente em Taubaté.

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Câmara de SP aprova projeto de mudanças na Lei de Zoneamento: entenda as alterações e possíveis vetos do prefeito

Na reta final, Câmara de SP ‘ressuscita’ projeto de 2018 para fazer 34 mudanças
na Lei de Zoneamento da capital

Prefeito Ricardo Nunes (MDB) disse que não tem compromisso com nenhuma das
emendas e que probabilidade de veto é grande, mas ainda não se decidiu: ‘Não
quer dizer que, se chegar no governo e for positivo, eu não sancione’.

A Câmara Municipal de São Paulo aprovou em segunda votação nesta sexta-feira
(20) um projeto de lei que altera 34 pontos da Lei de Zoneamento da capital, uma
legislação urbanística que já passou por amplo debate e foi objeto de revisão
ao longo deste ano.

Na reta final de atividades no Legislativo, o texto de autoria do vereador
Rodrigo Goulart (PSD) praticamente “ressuscitou”, já que o projeto é de 2018 e
estava parado havia seis anos.

O projeto original prevê que parte da Avenida Pacaembu, na Zona Oeste da
capital, seja considerada Zona de Corredor 2 (ZCOR-2). Esse tipo de zoneamento
permite a instalação de comércio varejista de baixo risco com até 500 metros
quadrados — isso inclui, por exemplo, a comercialização de mercadorias em geral,
como alimentos e bebidas. Porém, essa mudança já foi feita na revisão da Lei de
Zoneamento, sancionada em julho.

Além disso, a polêmica está no número de emendas ao PL: dez vereadores
apresentaram 34 propostas de mudanças à Lei de Zoneamento. Em muitos casos, as
emendas tratam de regiões pontuais, que não dizem respeito ao funcionamento da
cidade como um todo.

O vereador Marcelo Messias (MDB), por exemplo, propõe que três endereços
específicos em Jurubatuba, na Zona Sul, onde estão localizados grandes galpões,
passem a ser Zonas Especiais de Interesse Social 5. Na prática, a mudança
permite a construção de imóveis para famílias com renda de até R$ 14 mil.

Em outro caso, o vereador Marlon Luz (MDB) apresentou quatro mudanças. Ele
queria que quatro ruas muito próximas na Vila Nova Conceição, também na Zona
Sul, passem a ser consideradas Zonas de Estruturação Urbana (ZEU), permitindo
construção de prédios sem limite de tamanho.

Mas não conseguiu a aprovação das mudanças. Os vereadores retiraram em
definitivo a liberação dos prédios onde só são permitidos residências ou
comércios de dois andares, de baixo impacto.

Foi mantida, no entanto, outra emenda que libera o comércio de baixo impacto
numa área residencial perto do Jockey Club, Zona Oeste de São Paulo, e a
liberação para habitações de interesse social em bairros de periferia.

Outro endereço que pode se transformar em ZEU é um trecho da Avenida Itaquera,
na Zona Leste.

Além desses parlamentares, Atílio Francisco (Republicanos) apresentou seis
emendas; Coronel Salles (PSD) apresentou duas; Isac Félix (PL) apresentou três;
Rinaldi Digilio (União) apresentou quatro; Rubinho Nunes (União) apresentou
duas; Thammy Miranda (PSD) apresentou uma; e Xexéu Trípoli (União) apresentou
uma.

Nesta quinta-feira (19), o prefeito Ricardo Nunes (MDB) comentou sobre o projeto
e disse que “não tem compromisso com nenhuma das emendas”.

> “Sequer tivemos análise das emendas. A probabilidade de veto é grande, e eu já
> avise a Câmara. Não quer dizer que, se chegar no governo e for algo positivo,
> eu não sancione. Vai ser uma análise muito técnica”, garantiu Nunes.

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