Na cidade do Rio de Janeiro, a prefeitura intensificou a fiscalização do ar-condicionado dos ônibus municipais a partir do mês de novembro. De acordo com uma resolução da Secretaria Municipal de Transportes, os coletivos devem manter a temperatura interna em até 24 graus, oito graus abaixo da temperatura ambiente, medida por sensores instalados nos veículos. Inicialmente, os ônibus fabricados até 2019 foram os primeiros alvos dessa fiscalização, com possíveis descontos nos subsídios dos empresários como punição. A partir do dia 1º, os demais ônibus também passaram a ser cobrados pela resolução.
A resolução estabelece que as viagens podem ser classificadas como regulares, com o ar-condicionado funcionando corretamente, ou irregulares. Para ser considerada regular, pelo menos 80% dos registros de temperatura devem ser dentro da faixa determinada. Além disso, os veículos equipados com sensores devem compartilhar os dados de climatização em tempo real com a Secretaria Municipal de Transportes por meio dos validadores do Jaé.
Desde o início do monitoramento em julho, a SMTR já descontou cerca de R$ 27,5 milhões dos subsídios destinados aos operadores do setor de transporte de passageiros devido ao ar-condicionado desligado ou com defeito. Esse valor corresponde a 5% dos R$ 460 milhões pagos aos consórcios Intersul, Internorte, Transcarioca e Santa Cruz desde julho. Atualmente, dos 3,9 mil ônibus licenciados na cidade, 94,6% possuem ar-condicionado e estão equipados com sensores de temperatura. A idade média da frota é de 6,4 anos.
Essa medida visa garantir o conforto e bem-estar dos passageiros que utilizam o transporte público na cidade, especialmente em momentos de alta temperatura. Além disso, a fiscalização do ar-condicionado dos ônibus contribui para a qualidade do serviço prestado pelas empresas operadoras e para a melhoria do sistema de transporte como um todo. A população do Rio de Janeiro poderá usufruir de viagens mais agradáveis e seguras com a ampliação da fiscalização e garantia de um ambiente climatizado nos coletivos.
