Prejuízos no RS somam R$ 8,4 bilhões, diz Confederação Nancional de Municípios

Prejuízos no RS somam R$ 8,4 bilhões, diz Confederação Nancional de Municípios

Prejuízos no RS somam R$ 8,4 bilhões, diz Confederação Nancional de Municípios

Com 446 municípios atingidos pela enchente no Rio Grande do Sul, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) revisou para cima sua estimativa de prejuízos causados pelas chuvas no estado. Segundo levantamento, desde 29 de abril até a tarde deste domingo, 12, os danos financeiros ultrapassam os R$ 8,4 bilhões.

Deste quantia, aproximadamente R$ 2,3 bilhões correspondem ao setor público, R$ 1,6 bilhão ao setor privado, com a maioria dos prejuízos concentrados, até o momento, no setor habitacional, totalizando R$ 4,5 bilhões, com mais de 101 mil residências danificadas ou destruídas.

A confederação, que está acompanhando de perto a situação dos gestores municipais, ressalta que os dados ainda estão sendo consolidados, devido às dificuldades de inserção das informações nos sistemas. Consequentemente, os valores estão sujeitos a alterações conforme as verificações em campo se intensificam.

A Defesa Civil estadual informou neste domingo que o número de mortes chegou a 143. Até as 18 horas de sábado, 11, eram registradas 136 vítimas fatais. Além disso, há 806 feridos e 125 pessoas desaparecidas.

Impacto nas habitações

  • Danificadas: 92,6 mil;
  • Destruídas:  8,4 mil;
  • Total de unidades habitacionais afetadas: mais de 101 mil;
  • Prejuízos na habitação: R$ 4,5 bilhões.

Principais setores públicos afetados

  • Danos materiais (instalações públicas como escolas, hospitais, prefeituras, prédios de serviços públicos, instalações de usos comunitários, etc.): R$ 421,5 milhões em prejuízos;
  • Obras de infraestrutura (pontes, calçamento, asfaltamento de ruas e avenidas, viadutos, sistemas de drenagens urbanas etc.): R$ 1,6 bilhão em prejuízos;
  • Sistema de transportes: R$ 66 milhões em prejuízos;
  • Assistência médica emergencial: R$ 8,8 milhões em prejuízos;
  • Sistema de esgotamento sanitário: R$ 18 milhões em prejuízos;
  • Limpeza urbana e remoção de escombros (recolhimento e destinação): R$ 35,6 milhões em prejuízos;
  • Geração e distribuição de energia elétrica: R$ 3,7 milhões em prejuízos;
  • Sistema de ensino: R$ 82 milhões em prejuízos;
  • Abastecimento de água: R$ 10,4 milhões em prejuízos;
  • Sistema de controle de pragas e vetores (desinfestação e desinfecção): R$ 1,3 milhão em prejuízos;
  • Distribuição de combustíveis: R$ 2,1 milhões em prejuízos;
  • Segurança Pública: R$ 2 milhão em prejuízos;
  • Telecomunicações: R$ 870 mil

Principais setores privados afetados

  • Agricultura: R$ 1,2 bilhão em prejuízos;
  • Pecuária: R$ 64 milhões em prejuízos;
  • Indústria: R$ 245,5 milhões em prejuízos;
  • Comércios locais: R$ 121,4 milhões em prejuízos;
  • Demais serviços: R$ 27,6 milhões em prejuízos.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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