Última atualização 06/09/2017 | 08:46
A Polícia Civil prendeu na última quinta-feira (31) e sexta-feira (01), 14 pessoas responsáveis por mais de 20 mortes em Goiânia. Eles fazem parte de uma organização criminosa que comandava o tráfico de drogas regiões do São Francisco, Dergo e Capuava e eliminava inimigos nos locais através de assassinatos. As prisões ocorreram durante a Operação Descarrilamento 1.
Segundo o delegado Thiago Martimiano, responsável pelas investigações, a quadrilha era comandada por José Constantino Júnior, que já estava preso no regime fechado e comandava o tráfico nas regiões por meio de “gerentes”.
“Ele colocava armas e drogas na mão desses gerentes que comandavam o tráfico na região e gerava lucro para a quadrilha”, afirmou o delegado.
As investigações de homicídios realizados pela quadrilha começaram há um ano e a maioria deles ocorreu para a tomada de poder e espaço do tráfico nas regiões. Segundo Martimiano, o trabalho do grupo era restrito ao bairro São Francisco. “Eles conseguiram tomar esse ano a região do Dergo matando um traficante de nome R.O em uma emboscada com mais de 40 disparos de armas de fogo”, contou.
Outro traficante chamado de Marcelo Tiririca, que comandava o tráfico na região do Capuava, também foi morto para que a quadrilha presa assumisse os negócios no local. Segundo o delegados, essa “era uma organização que estava se expandindo em território e poder”.
De acordo com ele, as execuções eram feitas “com muita violência e com muito disparo de arma de fogo de grosso calibre” em um sinal de poder aos adversários. “Era uma quadrilha muito bem armada, desde fuzil a granada eles tinham, e estavam matando demais para ganhar território”, conta o investigador.
Entre os 14 presos, oito eram mulheres que segundo o delegado se passavam por prostitutas para fazer a venda das drogas. Os homens seriam os responsáveis pela distribuição das drogas e a execução de adversários para a retomada de território.
