Preservação da biodiversidade na Amazônia: Comunidade resgata 1.600 ovos de répteis no rio Araguaia

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Ribeirinhos participaram de uma importante ação de preservação da biodiversidade amazônica, que resultou no resgate e transferência de aproximadamente 1.600 ovos de répteis encontrados nas praias do rio Araguaia, em São Geraldo do Araguaia, no sudeste do Pará. O objetivo é garantir uma maior taxa de sobrevivência dos animais.

Os ovos coletados são de quelônios, grupo de répteis conhecidos como tartarugas, cágados e jabutis. A iniciativa, divulgada nesta segunda-feira (29), foi liderada pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor-Bio) e pelo Instituto Ambiental Xambioá (IAX). Além disso, a ação envolveu técnicos da Gerência da Região Administrativa do Araguaia (GRA) e brigadistas.

Os ovos coletados foram levados para um berçário do Instituto Ambiental Xambioá, no Tocantins. Lá, permanecerão em monitoramento até o nascimento dos filhotes, um processo que leva cerca de 50 dias. Segundo os profissionais, após nascerem, os filhotes ficarão em cativeiro temporário por aproximadamente seis meses, recebendo alimentação e cuidados especiais antes de serem soltos na natureza.

O presidente do IAX, Alípio Murici, relatou que houve desafios, como a dificuldade de encontrar ninhos intactos devido à ação humana. A colaboração dos ribeirinhos foi essencial. Eles auxiliaram na localização dos ninhos e no transporte seguro dos ovos. Essa integração comunitária é vista como crucial para o sucesso da ação e para fortalecer a consciência ambiental entre as populações que vivem no entorno do rio.

A iniciativa faz parte de um esforço contínuo de monitoramento e conservação das espécies de quelônios da Amazônia, especialmente as que desovam nas margens do Araguaia, próximas às unidades de conservação do Ideflor-Bio, como o Parque Estadual da Serra dos Martírios/Andorinhas e a Área de Proteção Ambiental (APA) Araguaia. Essa é uma ação importante para preservar a biodiversidade da região e garantir o equilíbrio do ecossistema.

Essa iniciativa de preservação das tartarugas da Amazônia é desenvolvida com a participação direta da comunidade, que atua em ações de conscientização e educação ambiental. A participação ativa dos ribeirinhos nesse projeto demonstra a importância do envolvimento comunitário para a conservação da vida selvagem. A colaboração de todos é essencial para proteger essas espécies essenciais ao equilíbrio e à saúde do ecossistema amazônico.

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