O presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, destacou a importância de não relativizar o Holocausto, afirmando que esse evento histórico é parte integrante da identidade alemã, independentemente de gostarem ou não. Durante um discurso no Bundestag para marcar o 80º aniversário da libertação de Auschwitz, ele ressaltou que a Shoah não pode ser esquecida ou minimizada, pois foi resultado das ações e planejamentos dos alemães.
Steinmeier enfatizou que a Alemanha aprendeu lições importantes com sua história e construiu sua constituição com base nesses ensinamentos, garantindo assim a paz interna e externa por várias décadas. Ele alertou que reprimir, relativizar ou esquecer a Shoah mina os fundamentos da democracia e abre caminho para o ódio e a violência, destacando a importância de preservar as conquistas democráticas alcançadas.
Em um contexto político atual, a declaração de Steinmeier surge como um alerta contra o revisionismo histórico propagado por partidos de ultradireita, como a Alternativa para a Alemanha (AfD). Ele ressaltou a importância de proteger a democracia e evitar retornar a tempos sombrios, destacando que é fundamental manter viva a memória do Holocausto para garantir um futuro de respeito e dignidade para todos.
O presidente alemão também fez menção à necessidade de os alemães se orgulharem de sua identidade, em vez de se sentirem culpados pelas ações de seus antepassados. Em um cenário onde líderes políticos criticam a cultura de lembrança do Holocausto, Steinmeier reforçou a importância de manter viva a memória das vítimas e rejeitar discursos de ódio e negacionismo.
A advertência de Steinmeier chega em um momento crucial, no qual partidos conservadores e de ultradireita buscam alianças políticas para endurecer a política de migração. A postura firme do presidente alemão contra a relativização do Holocausto reforça a importância de preservar a história e os ensinamentos do passado para construir um futuro baseado na paz, na democracia e no respeito aos direitos humanos. É essencial valorizar a memória das vítimas do Holocausto como forma de evitar que tragédias como essa se repitam no futuro.