Presidente da Argentina é o primeiro mandatário a ser imunizado na América Latina

Nesta quinta-feira, 21, o presidente argentino, Alberto Fernández, tomou a primeira dose da vacina russa Sputnik V, no hospital Posadas, em Buenos Aires. Ele foi o primeiro líder a ser imunizado na América Latina.

A Argentina já aplicou as primeiras 200 mil doses importadas aos funcionários do sistema de saúde público. A fase inicial da vacinação começou em 29 de dezembro e atendeu alguns políticos com menos de 60 anos, para, segundo o governo, dar exemplo sobre a importância da vacinação.

A lista inclui o governador da província de Buenos Aires, Axel Kicillof, que tem 49 anos e já teve aplicadas duas doses da vacina.

O recorte de idade foi devido a Anmat, agência argentina equivalente à Anvisa, ainda não ter recomendado o imunizante russo para a população com mais de 60 anos, devido a dúvidas sobre os efeitos colaterais dessa faixa etária.

Fernández, que tem 61, não foi vacinado na primeira leva. Nesta semana, a Anmat autorizou a aplicação emergencial da Sputnik V em pessoas com mais de 60 anos.

Conforme a agência, a vacina russa mostrou eficácia de 92% entre a população com mais de 60 anos e de 98% entre os mais novos, durante as quatro semanas de vacinação no país.

Após tomar a vacina, utilizando máscara, o presidente argentino postou no Twitter um agradecimento ao Instituto Gamaleya, “àqueles que trabalharam para que a vacina chegue a nós e a todo o pessoal de saúde por seu enorme compromisso”.

 

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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