Presidente da Câmara de Goiânia tem bens bloqueados pela justiça

Presidente da Câmara de Goiânia tem bens bloqueados pela justiça

“É reafirmado seu compromisso público de sempre pautar sua atuação com transparência e total respeito aos princípios da legalidade e moralidade na gestão dos recursos públicos e que ainda não foi notificado sobre o inteiro teor da decisão até o presente momento”

Em recurso pelo Ministério Público de Goiás, o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) determinou o bloqueio de bens de cinco ex-gestores da Secretaria Municipal de Trânsito, Transporte e Mobilidade (SMT), e outros servidores de Goiânia por irregularidades na contratação de empresa para o monitoramento eletrônico do trânsito. Entre os nomes está o atual presidente da Câmara de Goiânia, o emedebista Andrey Azeredo.

Entre outros nomes citados com a decisão de segundo grau e que tiveram seus bens bloqueados estão os ex-secretários municipais Miguel Tiago da Silva, Senivaldo Silva Ramos, Patrícia Pereira Veras e José Geraldo Fagundes Freire, o ex-procurador-geral do Município, Carlos de Freitas Borges Filho, e a empresa Trana Tecnologia da Informação e Construções Ltda. Esses gestores não foram localizados para contato até edição desta matéria.

O caso foi alvo de investigação recente de Comissão Especial de Inquérito (CEI) na Câmara de Goiânia. Em resposta a assessoria do vereador Andrey Azeredo ressaltou seu compromisso com a transparência e do respeito para com os valores legais em sua gestão. “É reafirmado seu compromisso público de sempre pautar sua atuação com transparência e total respeito aos princípios da legalidade e moralidade na gestão dos recursos públicos e que ainda não foi notificado sobre o inteiro teor da decisão até o presente momento”, ressaltou.

Ação

A ação foi proposta no ano de 2016, aonde a Trana Tecnologia, responsável pela operação dos equipamentos de monitoramento de trânsito, fez contrato com a então AMT em 2010, com o prazo de duração de 48 meses. Após a contratação, a empresa firmou outros cinco termos aditivos que estenderam o contrato por mais 12 meses. Já em 2015, durante a administração dos ex-secretários José Geraldo e Andrey Sales, o contrato foi prorrogado por mais duas vezes, violando o prazo máximo permitido pela Lei Federal nº 8.666/1993.

Dessa forma foi observado pelo Ministério Público que por terem ultrapassado o prazo legal de duração de contratos administrativos, em contratação direta ilícita, os ex-secretários feriram os princípios da legalidade, da impessoalidade e da eficiência. Além disso, entre 2010 e 2015, os gestores tiveram cinco anos para preparar novos termos de referência, editais de concorrência pública e concluir um processo licitatório para contratar uma empresa para gerir os fotossensores da Goiânia. Mas foi constatado que houve negligencia dos  deveres para favorecer a empresa Trana com prorrogações contratuais ilícitas, o que criou uma situação para tentar justificar uma contratação direta por meio de prorrogação contratual.

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PF investiga general ligado ao governo Bolsonaro por imprimir plano para matar Moraes, Lula e Alckmin no Planalto

A Polícia Federal (PF) revelou que o general Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência e ex-ministro interino do governo Bolsonaro, teria impresso no Palácio do Planalto um “plano operacional” para assassinar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin. Denominado “Punhal Verde e Amarelo”, o plano de três páginas foi encontrado no gabinete da Secretaria-Geral. Fernandes foi preso na manhã desta terça-feira (19).

De acordo com a PF, o documento, salvo sob o título “Plj.docx” (referência à palavra “planejamento”), detalhava a execução do plano. Além disso, outros arquivos sensíveis, como “Fox_2017”, “Ranger_2014” e “BMW_2019”, foram localizados na pasta “ZZZZ_Em Andamento”, que a polícia interpretou como um indício de que as ações estavam em fase ativa. Curiosamente, os nomes dos arquivos remetiam a veículos pessoais do general, segundo o relatório policial.

A defesa de Mário Fernandes ainda não se pronunciou sobre o caso.

Operação e alvos

A operação desta terça-feira prendeu quatro militares e um policial federal, todos investigados por ligação com um suposto grupo denominado “Kids Pretos”, formado por integrantes das Forças Especiais. O grupo é acusado de planejar o assassinato de lideranças políticas após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

Ao todo, a operação cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e determinou 15 medidas cautelares, incluindo a entrega de passaportes e a suspensão de funções públicas dos envolvidos. Entre os alvos estão Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo, além do policial federal Wladimir Matos Soares.

A investigação faz parte de um inquérito mais amplo que apura possíveis tentativas de golpe de Estado relacionadas à eleição de 2022.

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