Presidente da Câmara dos Vereadores de Aparecida é indiciado por violência política contra parlamentar

Presidente da Câmara dos Vereadores de Aparecida é indiciado por violência política contra parlamentar

O presidente da Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia, André Fortaleza (DEM), foi indiciado pela Polícia Civil (PC) por violência política contra a mulher, após ter cortado o microfone da parlamentar do município, Camila Rosa, durante uma discussão sobre as cotas de gênero nas eleições proporcionais. Segundo a delegada responsável pelo caso, Luíza Venerada, este foi o primeiro caso de violência política contra a mulher no estado de Goiás.

“No curso da investigação, a par dos elementos que obtive acesso, como termo de oitiva e os vídeos da discussão durante a sessão em que ocorreu o fato, entendi que o autor praticou o crime de violência política contra a mulher. Como é um crime novo, previsto no código eleitoral no ano passado, acredito que seja o primeiro caso no estado de indiciamento neste sentido”, explicou.

Para a delegada, esse tipo de crime não mais aceitável dentro do cenário político brasileiro. Para ela, o caso precisa ser julgado da forma correta, a fim de evitar que esse tipo de crime volte a acontecer. O inquérito, inclusive, será encaminhado para a Vara Eleitoral do Município de Aparecida de Goiânia.

“A vítima em questão é a única parlamentar da sua atual legislatura, de um total de 25 parlamentares, e corresponde apenas a uma das 5 mulheres vereadoras que foram eleitas desde 1966 no município de Aparecida de Goiânia. A inação do Estado repressor, no caso em análise, poderá contribuir para a continuidade da cultura de violência de gênero na política do nosso Estado. Não é mais aceitável que tais comportamentos tenham espaço no atual cenário político brasileiro”, concluiu.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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