Presidente da China liga pra Putin, e sai em defesa da invasão russa

/TASS/. A China defende o abandono completo da mentalidade da Guerra Fria em torno da questão ucraniana, bem como a formação de um mecanismo equilibrado e eficaz para garantir a segurança europeia, disse o presidente chinês Xi Jinping nesta sexta-feira em uma conversa por telefone com seu colega russo Vladimir Putin.

“É necessário abandonar a mentalidade da Guerra Fria, levar em conta e respeitar as legítimas preocupações de segurança dos países e formar, por meio de negociações, um mecanismo equilibrado, eficaz e sustentável [para garantir] a segurança europeia”, cita a Televisão Central da China. ele como dizendo.

“Ultimamente, a situação no leste da Ucrânia mudou drasticamente e atrai cada vez mais atenção da comunidade internacional”, acrescentou o presidente chinês.

O presidente russo, Vladimir Putin, disse em um discurso televisionado na manhã de quinta-feira que, em resposta a um pedido dos chefes das repúblicas do Donbass, ele tomou a decisão de realizar uma operação militar especial. O líder russo ressaltou que Moscou não tem planos de ocupar territórios ucranianos. Logo depois disso, Washington, a UE, Londres e vários outros estados anunciaram que estavam impondo sanções contra pessoas físicas e jurídicas russas.

O Ministério da Defesa da Rússia informou na quinta-feira que as tropas russas não estavam realizando ataques contra cidades ucranianas. Enfatizou que a infraestrutura militar ucraniana estava sendo destruída por armas de precisão. Os civis não estão ameaçados, garantiu.

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Avião da Embraer pode ter sido abatido por sistema de defesa russo, indicam fontes

O acidente com o avião da Azerbaijan Airlines que deixou 38 mortos na última quarta-feira pode ter sido causado por um sistema de defesa aérea russo, segundo informações obtidas pela agência Reuters. A suspeita foi inicialmente levantada por Andriy Kovalenko, membro da segurança nacional ucraniana, que mencionou imagens mostrando coletes salva-vidas perfurados. Especialistas em aviação e militares corroboraram a análise, e até mesmo a mídia russa considerou a possibilidade de a aeronave ter sido confundida com um drone ucraniano.

Enquanto isso, as autoridades russas e do Cazaquistão pedem cautela. Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, declarou que especulações sobre as causas são prematuras, e o presidente do Senado do Cazaquistão, Mäulen Äşimbaev, reforçou que a investigação está em andamento, garantindo transparência nos resultados.

O avião, que partiu de Baku, capital do Azerbaijão, com destino a Grozny, na Rússia, desviou significativamente de sua rota antes de cair no Cazaquistão. A companhia aérea inicialmente sugeriu que o acidente poderia ter sido causado por colisão com aves, mas especialistas descartaram essa hipótese. Serik Mukhtybayev, especialista cazaque, e o brasileiro Lito Sousa destacaram que os danos nos destroços apontam para uma causa externa, possivelmente relacionada a um ataque.

Relatos e análises reforçam a teoria de que o avião foi atingido por um míssil. Um piloto militar francês, sob anonimato, afirmou que os danos na cauda são consistentes com explosões de estilhaços. O blogueiro russo Yuri Podolyaka também mencionou sinais típicos de sistemas antiaéreos.

Dados do site Flightradar24 mostram que o avião enfrentou interferências de GPS antes do acidente, algo já atribuído à Rússia em ocasiões anteriores. A Chechênia, destino final do voo, havia sido alvo de ataques com drones no mesmo período, segundo informações locais.

O presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, evitou especular, atribuindo o desvio de rota ao mau tempo. A caixa-preta do avião foi recuperada e será analisada para determinar a causa do acidente. Das 67 pessoas a bordo, 29 sobreviveram, sendo que 11 permanecem em estado grave.

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