Presidente da China liga pra Putin, e sai em defesa da invasão russa

/TASS/. A China defende o abandono completo da mentalidade da Guerra Fria em torno da questão ucraniana, bem como a formação de um mecanismo equilibrado e eficaz para garantir a segurança europeia, disse o presidente chinês Xi Jinping nesta sexta-feira em uma conversa por telefone com seu colega russo Vladimir Putin.

“É necessário abandonar a mentalidade da Guerra Fria, levar em conta e respeitar as legítimas preocupações de segurança dos países e formar, por meio de negociações, um mecanismo equilibrado, eficaz e sustentável [para garantir] a segurança europeia”, cita a Televisão Central da China. ele como dizendo.

“Ultimamente, a situação no leste da Ucrânia mudou drasticamente e atrai cada vez mais atenção da comunidade internacional”, acrescentou o presidente chinês.

O presidente russo, Vladimir Putin, disse em um discurso televisionado na manhã de quinta-feira que, em resposta a um pedido dos chefes das repúblicas do Donbass, ele tomou a decisão de realizar uma operação militar especial. O líder russo ressaltou que Moscou não tem planos de ocupar territórios ucranianos. Logo depois disso, Washington, a UE, Londres e vários outros estados anunciaram que estavam impondo sanções contra pessoas físicas e jurídicas russas.

O Ministério da Defesa da Rússia informou na quinta-feira que as tropas russas não estavam realizando ataques contra cidades ucranianas. Enfatizou que a infraestrutura militar ucraniana estava sendo destruída por armas de precisão. Os civis não estão ameaçados, garantiu.

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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