O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, é alvo de um processo de impeachment após decretar lei marcial no país. No entanto, ele escapou de um pedido de impeachment neste sábado (7/12), após parlamentares governistas barrarem a votação. A permanência do líder do Executivo é questionada pela oposição diante da declaração de lei marcial no país feita por ele.
Segundo informações da mídia local, parlamentares aliados se recusaram a votar o pedido de impeachment na sexta-feira. Representantes do partido People Power Party, o mesmo do presidente, chegaram a abandonar a votação na Assembleia Nacional, o que inviabilizou a apreciação da matéria. A oposição, no entanto, não desistiu do impeachment e já tem novos pedidos protocolados.
Yoon Suk Yeol decretou a lei marcial na Coreia do Sul alegando que seu governo precisava “limpar elementos pró-Coreia do Norte” do país. Com a decisão, militares e autoridades policiais foram enviados à Assembleia Nacional local e chegaram a entrar em confronto com manifestantes. Após pressão do Parlamento e dos manifestantes, a medida foi revogada.
Apesar de ter escapado do impeachment neste momento, a situação do presidente Sul-coreano continua delicada. Isso porque novos pedidos para tirar Yoon Suk Yeol do poder estão em vista, uma vez que a oposição não está disposta a desistir do processo. A revogação da lei marcial e as desculpas emitidas pelo presidente não foram suficientes para acalmar a insatisfação.
O Parlamento do país derrubou, em votação unânime, a decisão de Yoon Suk Yeol. Na sexta-feira (6/12), o presidente pediu desculpas por ter imposto a lei marcial. A polêmica em torno da declaração de lei marcial e do processo de impeachment continua a ser um ponto central na política Sul-coreana, com a população dividida sobre o destino do presidente Yoon Suk Yeol.