Presidente da CPI, Onyx pareceu “miliciano ameaçando pessoas”

Presidente da CPI, Onyx pareceu “miliciano ameaçando pessoas”

Em entrevista ao jornal da CBN, o presidente da CPI da Covid no Senado, Omar Aziz, afirmou que o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, teve um comportamento de miliciano ao ameaçar uma testemunha que suspeitou de irregularidades no contrato assinado pelo governo federal na compra de vacinas da Covaxin. De acordo com Omar, o gesto pode ter ocasionado interferência nas compras de vacina e Onyx será convocado a prestar depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito.

O ministro-chefe afirmou na noite de ontem que o Planalto pediu a Polícia Federal uma investigação que apure as declarações do deputado Luis Mirada, irmão do servidor do Ministério de Saúde que afirmou que foi obrigado a assinar documentos para a importação da Covaxin. Onyx também afirmou que um procedimento disciplinar será aberto para investigar a conduta do funcionário público.

Para o presidente da CPI, Onyx tem um discurso que traz uma série de incoerências. Aziz cita que é estranho o fato do governo não ter tomando providências após as denúncias feitas por Luis Mirada que diz ter alertado o presidente junto a família sobre as irregularidades.

Omar Aziz ainda afirmou que o primeiro contato com Luis Miranda, o deputado teria dito ter informações que podem ”derrubar a república”. ‘Entendo que se um deputado federal se oferece para falar sobre um assunto tão delicado, eu tenho obrigação de ouvi-lo’, disse Aziz. ‘É uma denúncia que pode dar muita dor de cabeça para qualquer governante’.

Luis Mirada e seu irmão irão depor nesta sexta-feira (25) na CPI da Covid e pretende contar a verdade sobre a compra da Covaxin.

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PF investiga general ligado ao governo Bolsonaro por imprimir plano para matar Moraes, Lula e Alckmin no Planalto

A Polícia Federal (PF) revelou que o general Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência e ex-ministro interino do governo Bolsonaro, teria impresso no Palácio do Planalto um “plano operacional” para assassinar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin. Denominado “Punhal Verde e Amarelo”, o plano de três páginas foi encontrado no gabinete da Secretaria-Geral. Fernandes foi preso na manhã desta terça-feira (19).

De acordo com a PF, o documento, salvo sob o título “Plj.docx” (referência à palavra “planejamento”), detalhava a execução do plano. Além disso, outros arquivos sensíveis, como “Fox_2017”, “Ranger_2014” e “BMW_2019”, foram localizados na pasta “ZZZZ_Em Andamento”, que a polícia interpretou como um indício de que as ações estavam em fase ativa. Curiosamente, os nomes dos arquivos remetiam a veículos pessoais do general, segundo o relatório policial.

A defesa de Mário Fernandes ainda não se pronunciou sobre o caso.

Operação e alvos

A operação desta terça-feira prendeu quatro militares e um policial federal, todos investigados por ligação com um suposto grupo denominado “Kids Pretos”, formado por integrantes das Forças Especiais. O grupo é acusado de planejar o assassinato de lideranças políticas após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

Ao todo, a operação cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e determinou 15 medidas cautelares, incluindo a entrega de passaportes e a suspensão de funções públicas dos envolvidos. Entre os alvos estão Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo, além do policial federal Wladimir Matos Soares.

A investigação faz parte de um inquérito mais amplo que apura possíveis tentativas de golpe de Estado relacionadas à eleição de 2022.

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