Presidente da República e família se mudam para o Alvorada

O presidente Jair Bolsonaro e a família passarão hoje (3) a primeira noite no Palácio da Alvorada. Desde a eleição, eles se hospedam na Granja do Torto, residência oficial da Presidência, que lembra casas de campo. O Alvorada será ocupado depois de dois anos e meio vazio, pois o ex-presidente Michel Temer preferiu permanecer no Palácio do Jaburu, residência oficial dos vice-presidentes da República.

Bolsonaro reconheceu que prefere a Granja do Torto, porque lembra o clima de fazenda em que foi criado no interior de São Paulo. O presidente também disse que ali ele pode ir até o quintal, pegar frutas e fazer churrasco. Segundo Bolsonaro, quando tiver tempo livre, tentará ir ao local.

O presidente afirmou que a escolha pelo Alvorada foi da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, por praticidade. O palácio fica em uma área mais próxima à área central de Brasília, facilitando para a filha Laura e a enteada Isabela, que vão para a escola.

Tradicionalmente os presidentes da República utilizam o Alvorada como residência, mas também como ambiente para despachos específicos, como reuniões com ministros, assessores e até convidados estrangeiros. A distância entre o Alvorada e o Palácio do Planalto é de 8 quilômetros em uma região de pouco trânsito.

Informações da Agência Brasil.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos