Presidente do Figueirense e Clave: Operação de R$60 mi e preparação para 2025

Presidente do Figueirense explica operação junto a Clave: “Parceiro muito forte”

Empresa aguarda homologação da recuperação judicial para injetar R$ 60 milhões
no clube

O ano de 2025 promete ser positivo, dentro e fora de campo, para o Figueirense
[https://ge.globo.com/sc/futebol/times/figueirense/]. Ao menos é a expectativa
de José Tadeu da Cruz, presidente do Figueirense Associação.

Dentro das quatro linhas, o Figueira conta com 13 contratações
[https://ge.globo.com/sc/futebol/times/figueirense/noticia/2024/12/05/figueirense-2025-contratacoes-renovacoes-e-quem-sai-do-clube.ghtml],
além do técnico, e já tem um elenco estruturado para o Catarinense 2025. O
Furacão estreia no dia 11 de janeiro, contra o Joinville, fora de casa. A
partida terá transmissão ao vivo pela NSC TV.

— Encerramos 2024 com um novo horizonte. Vamos entrar em 2025 conquistando o
espaço que o Figueirense sempre teve que é disputar o título de Santa Catarina e
preparando o Figueirense para subir pra Série B — diz Tadeu.

+ Figueirense terá folha salarial 25% maior para 2025
[https://ge.globo.com/sc/futebol/times/figueirense/noticia/2024/12/18/ceo-do-figueirense-cita-folha-salarial-25percent-maior-para-2025-montar-uma-equipe-completa.ghtml]

Fora de campo, o clube vive a expectativa da homologação da recuperação judicial e a sequência da operação junto ao fundo de investimento Clave.

Essa parte traz muitas dúvidas ao torcedor alvinegro, e José Tadeu explicou algumas delas no programa Debate Diário, da Rádio CBN Floripa, neste primeiro dia de 2025.

José Tadeu da Cruz, presidente do Figueirense Associação, em evento do clube — Foto: Patrick Floriani/FFC

Nos últimos anos, o Figueirense teve investimentos frustrados
[https://ge.globo.com/sc/futebol/times/figueirense/noticia/2024/09/11/da-elephant-a-recuperacao-judicial-a-linha-do-tempo-ate-o-dia-d-para-o-figueirense.ghtml]
e promessas não cumpridas que resultaram na maior crise financeira do clube. Por isso, o torcedor fica com pé atrás. Porém, Tadeu tranquiliza.

— Existe um trauma de negócio de um parceiro no Figueirense. Cabe a nós ter a competência pra ver quem está do outro lado da mesa. Hoje estamos com um parceiro muito forte.

Atualmente o Figueirense está esperando a homologação da recuperação judicial para receber o “montante final” de R$ 60 milhões da Clave – transferência já aprovada pelos conselheiros do clube
[https://ge.globo.com/sc/futebol/times/figueirense/noticia/2024/11/23/conselheiros-votam-e-autorizam-investimento-de-r-60-milhoes-da-clave-ao-figueirense.ghtml].

Enquanto aguarda a operação, o Estádio Orlando Scarpelli é uma garantia
(alienação fiduciária) para a Clave.

— Com a homologação da recuperação judicial, que a Clave vai fazer o depósito
maior, essas alienações acabam porque a Clave não vira mais credora, vira sócia.
O Estádio Orlando Scarpelli vira debênture conversível.

— Quando a Clave virar sócia, vai ter 90% da sociedade. Os 10% do Figueirense nos dá prerrogativa de não deixar vender o Scarpelli, por exemplo. A própria lei da SAF protege isso.

Ou seja, o Scarpelli vira uma mistura entre título de crédito e ação para o investidor. Essa modalidade serve para diminuir o risco do investimento da Clave no Figueirense.

Estádio Orlando Scarpelli — Foto: Bruno Atanazio/ge

Tadeu explica também que quando a Clave virar sócia e dona da maior parte da SAF do Figueirense, poderá nomear presidente, vice-presidente e três membros do conselho. O clube irá colocar outros dois conselheiros.

Outro ponto é caso tenha outra empresa interessada em comprar o Figueirense.

— Não podemos vender [o Figueirense] para outro sem que a Clave esteja na mesa. A preferência é só da Clave — completa Tadeu.

OUTROS TRECHOS DA ENTREVISTA

Elenco de 2025 O problema maior de ficar preocupado com dívida e recuperação judicial é a bola que não entrou. Se tem um bom desempenho esportivo, certamente isso estaria sendo resolvido com mais serenidade. O trauma do torcedor é justificável, mas pode ter certeza que vamos fazer um ano de 2025 diferente do que os últimos sete anos do clube. O elenco é vencedor, tem jogadores de experiência, de títulos, de acessos. O treinador é de Série B. Acredito plenamente nesse grupo.

Reaproximação com o torcedor A gente vai trabalhar este ano muito próximo com o torcedor, com participações em eventos no estádio, novo programa de sócio-torcedor, estamos melhorando o acolhimento ao torcedor no Scarpelli, com a comercialização de alimentos e bebidas. É um carinho que estávamos devendo e vamos pagar este ano.

AGENDA DO FIGUEIRA

Joinville x Figueirense | 11/01 | 16h30 | Arena Joinville | com transmissão da NSC TV e rádios CBN Floripa e CBN Joinville Figueirense x Hercílio Luz | 18/01 | 16h | Orlando Scarpelli Figueirense x Criciúma | 22/01 | 20h30 | Orlando Scarpelli

Mais informações do esporte catarinense em ge.globo/sc [https://ge.globo.com/sc/]

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Exclusão do Corinthians da Copa Votorantim: polêmica de aliciamento envolvendo Palmeiras no sub-15

Bastidores: como denúncia de aliciamento no Palmeiras motivou exclusão do Corinthians

Reportagem do ge ouviu pessoas ligadas ao Movimento, teve acesso a mensagens, nome do atleta – que será preservado – e ao Regimento Interno para destrinchar história

Santos vence o Palmeiras e vira na Copa Votorantim de Futebol sub-15

Um atrito na categoria sub-14 motivou a exclusão do Corinthians do Movimento de Clubes Formadores e o protesto de 12 times, que agora exigem a retirada do Timão da Copa Votorantim Sub-15. Trata-se de uma denúncia de aliciamento a um ex-atleta do Palmeiras, que o Corinthians nega ter feito. O caso, porém, pegou mal na diretoria alvinegra, causou incômodo ao presidente Augusto Melo e haverá uma conversa com o diretor da base, Claudinei Alves. A reportagem do ge ouviu pessoas ligadas ao Movimento, teve acesso a mensagens, ao nome do atleta – que será preservado – e ao Regimento Interno do MCFFB para destrinchar os bastidores dessa história.

Responsável pela exclusão, o Movimento de Clubes Formadores surgiu para evitar o “roubo” de atletas abaixo dos 14 anos, idade mínima para assinar contrato de formação. Ou seja, atua onde a lei não age e protege os clubes com jogadores dos dez aos 14 anos, impedindo, através de um Regimento Interno, a transferência para outros times sem autorização. No caso envolvendo Corinthians e Palmeiras, trata-se de um atleta que completou 14 anos em dezembro de 2024. Com a proximidade do aniversário, o Palmeiras enviou o contrato de formação aos responsáveis e recebeu como resposta um e-mail informando o desligamento do garoto, que não queria mais continuar no clube.

Neste caso, os envolvidos relatam que o atleta dias depois apareceu treinando no Corinthians. E isso virou tema de debate na reunião do Movimento, realizada na terça-feira. O executivo Alex Brasil participou representando o Corinthians e alega que apenas passou aos outros clubes o posicionamento institucional de que o garoto permaneceria no Timão. Na semana passada, o Corinthians, em nota, negou ter aliciado o jogador e disse que não reconhece os motivos alegados pelo MCF e foi pego de surpresa pela exclusão. O Artigo 4º § 3º do Regimento Interno do Movimento de Clubes Formadores determina quatro condições para proteger os clubes em relação a cada atleta entre os 10 e 14 anos:
– Registro no BID
– Comprovar o tempo no clube de no mínimo 90 dias
– Se houver contrato de bolsa aprendizagem, é preciso comprovar o pagamento com não mais que três meses de atraso
– O gestor do clube deve ter participado de no mínimo uma reunião do Movimento por ano.

Caso o clube perca o Certificado, ele só permanece no movimento se tiver feito o pedido de renovação até seis meses após o vencimento.Em relação ao pedido de exclusão do Corinthians da Copa Votorantim Sub-15, a ação partiu de 12 integrantes do Movimento de Clubes Formadores. São eles São Paulo, Palmeiras, Santos, Cruzeiro, América-MG, Juventude, Goiás, Sport, Fortaleza, Ferroviária, Guarani e Bahia. Entre as possíveis punições previstas no Regimento Interno do Movimento, está: a análise de participação em competições que o clube excluído esteja presente, como é o caso do torneio. Com isso, os 12 clubes ameaçam não disputar a Copa caso o Corinthians não seja removido. Não seria a primeira ação desse teor. Em 2022, por exemplo, houve movimento semelhante contra o Athletico – quando Palmeiras, Santos, São Paulo e Corinthians condicionaram a participação na Copinha de 2023 à ausência do clube paranaense.

Ainda no sábado, a Prefeitura de Votorantim, que organiza o torneio, disse ao ge que está em contato com a diretoria do Movimento e que “a competição não será prejudicada”. A estreia está marcada para o dia 17 de janeiro. Procurada novamente no início da noite de domingo, a instituição ainda não voltou a se pronunciar sobre o caso.

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