Presidente do Patriota ora para partido ser escolhido por Bolsonaro

O presidente do Patriota, Adilson Barroso, afirmou rezar todos os dias para que seu partido seja escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro para concorrer à reeleição em 2022. No entanto, ele admite que não há negociação concreta em jogo.

“Ainda não procuraram a gente diretamente para tratar desse assunto. Não me deram essa porta. Estou orando a Deus que ele nos ligue para sentar para conversar. Como presidente nacional, é o que mais quero hoje”, disse à Folha de São Paulo.

Barroso comemora o fato de o Patriota estar entre os finalistas. “Já temos uns seis ou sete partidos”, disse ele, que enxerga como opções para Bolsonaro, além da sua sigla, o PP e o PTB, partidos também presididos por bolsonaristas.

Barroso confessou ter ficado feliz com a saída do senador Flávio Bolsonaro (RJ) do Republicanos nesta quarta-feira, 26. “É um partido a menos pra minha concorrência”, afirma.

Perguntado sobre abrir mão da presidência do partido para entregá-la a Bolsonaro ou a algum indicado dele, condição que o presidente prioriza para sua filiação, Barroso preferiu não se comprometer.

“Case cases and cases. O fato de ele querer o controle de alguns partidos que sentam com ele, e ele tem toda razão de querer, é porque ele não tem confiança nos presidentes dos partidos. No caso do Patriota, eu sempre fui de confiança. “

“Nunca cometi nada errado que desabonasse minha credibilidade com ele, duvido que ele venha a pedir toda a direção do partido”, acrescenta.

Barroso relembrou que o partido mudou de nome, em 2017, de PEN para Patriota, para atender Bolsonaro. “Nosso nome é dado por ele, quem tirou ele [do Patriota] e enganou ele foi [Gustavo] Bebianno”, disse o dirigente.

Mesmo com parte da direção do Patriota contrária à filiação de Bolsonaro, Barroso conta que trabalha para convencê-los.

“É democracia, todos têm direito de pensar e agir como quiser, só tem que respeitar a decisão do seu superior. Todos que eu puder persuadir no partido, eu vou persuadir”, disse.

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Lula promete zerar fome no país até fim do mandato

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu no sábado, 16, que, até o fim do mandato, nenhum brasileiro vai passar fome no país. A declaração foi feita no último dia do Festival Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, na região central do Rio de Janeiro.

“Quero dizer para os milhões de habitantes que passam fome no mundo, para as crianças que não sabem se vai ter alimento. Quero dizer que hoje não tem, mas amanhã vai ter. É preciso coragem para mudar essa história perversa”, disse o presidente. “O que falta não é produção de alimentos. O mundo tem tecnologia e genética para produzir alimentos suficientes. Falta responsabilidade para colocar o pobre no orçamento público e garantir comida. Tiramos 24 milhões de pessoas da fome até agora. E em 2026, não teremos nenhum brasileiro passando fome”.

O evento encerrou a programação do G20 Social, que reuniu durante três dias representantes do governo federal, movimentos sociais e instituições não governamentais. Na segunda, 18, e terça-feira, 19, acontece a Cúpula do G20, com os líderes dos principais países do mundo. A discussão de iniciativas contra a fome e a pobreza são bandeiras da presidência brasileira do G20.

“Quando colocamos fome para discutir no G20, era para transformar em questão politica. Ela é tratada como uma questão social, apenas um número estatístico para período de eleição e depois é esquecida. Quem tem fome é tratado como invisível no país”, disse o presidente. “Fome não é questão da natureza. Não é questão alheia ao ser humano. Ela é tratada como se não existisse. Mas é responsabilidade de todos nós governantes do planeta”.

O encerramento do festival teve a participação dos artistas Ney Matogrosso, Maria Gadú, Alceu Valença, Fafá de Belém, Jaloo Kleber Lucas, Jovem Dionísio, Tássia Reis, Jota.Pê e Lukinhas.

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