Presidente Lula destaca aprovação de propostas mesmo com Congresso adverso

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (9) que governa com ‘um Congresso totalmente adverso’, mas destacou que a relação institucional tem garantido a aprovação da maior parte das propostas enviadas pelo Executivo. Em discurso durante o lançamento do programa CNH do Brasil, Lula disse que a única saída possível é ‘fazer política’, citando diálogo, negociação e convencimento como instrumentos indispensáveis. Lula agradeceu ao Congresso Nacional pela aprovação da faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais. Ele reconheceu que o valor é ‘pouco’, mas afirmou que decisões precisam levar em conta a ‘correlação de forças’ do momento político. ‘Quem quer tudo, às vezes não tem nada’, afirmou.

O presidente também comentou o ambiente eleitoral, afirmando que ‘todo mundo já está em campanha’ e que o Natal ‘já foi esquecido’ na dinâmica política. Segundo ele, 2026 será ‘o ano da verdade’, em que o governo pretende intensificar o diálogo com a população para enfrentar a disseminação de desinformação. ‘A política está complicada no mundo inteiro. Podemos polarizar, mas sem estimular o ódio’, disse.

Lula afirmou que sua avaliação de governo não deve ser feita pela figura do presidente, mas pelo impacto das políticas públicas na vida da população. Ele mencionou indicadores sociais, renda, saúde, educação e economia como parâmetros para medir resultados. ‘Só tem um sentido para quem quer se reeleger: saber se o povo melhorou ou não melhorou’, disse. O presidente afirmou que pretende ampliar a transparência sobre a execução orçamentária nos próximos meses. Disse que quer que ‘cada pessoa saiba quanto de dinheiro foi colocado em cada cidade’ e lembrou que, ao fim de seu primeiro mandato, registrou em cartório todas as entregas da gestão.

O presidente criticou os prefeitos e governadores que alteram nomes de programas federais ou omitem a participação da União em obras financiadas com recursos nacionais. ‘Quero que cada pessoa saiba o quanto de dinheiro foi colocado em cada cidade. Se tiver dinheiro do governo federal, tem que estar escrito. Não dá para as pessoas esconderem’, afirmou. Lula também falou sobre a discussão da PEC da Segurança Pública, em tramitação no Congresso. Segundo ele, o governo federal precisa encontrar um formato que permita atuar na área sem violar a autonomia dos Estados.

‘Precisamos definir onde que a gente entra sem ferir a autonomia dos governadores’, afirmou. O presidente criticou abordagens focadas exclusivamente na repressão. ‘Tem gente que acha que tudo é resolvido ao matar, eu não acho’, declarou. O presidente ainda destacou que o governo trabalha para reduzir o custo de aquisição de motos elétricas, especialmente para entregadores, que dependem do modal como instrumento de trabalho.

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