O discurso do presidente Lula na abertura da COP destaca a desordem internacional como a maior ameaça ao avanço das negociações climáticas. Lula afirmou que o regime climático está vulnerável à lógica de soma zero que prevalece na ordem internacional, onde interesses imediatos muitas vezes se sobrepõem ao bem comum a longo prazo. Ele também apontou o ‘descasamento entre o contexto geopolítico e a urgência climática’. O presidente criticou forças extremistas que disseminam mentiras para obter vantagens políticas e desviar recursos do combate às mudanças climáticas. Além disso, houve menção indireta à postura negacionista de Donald Trump em relação à questão climática, bem como aos conflitos armados que desviam a atenção dos líderes mundiais. Lula ressaltou a importância do Acordo de Paris e convocou os países a não abandonarem seus objetivos acordados. Ele também enfatizou a necessidade de um esforço coletivo, envolvendo não apenas governos, mas também a sociedade civil e o setor privado. A ideia de mutirão foi apresentada como essencial para alcançar resultados efetivos na luta contra as mudanças climáticas, saindo dos ‘salões diplomáticos’ e chegando ao ‘mundo real’. A COP de Belém é vista como uma oportunidade de deixar um legado significativo, implementando ações práticas e focando nos compromissos já estabelecidos em conferências anteriores. A atuação da diplomacia brasileira e da presidência da COP é fundamental nesse cenário de desafios geopolíticos. Em meio às incertezas internacionais, o presidente Lula e a equipe liderada pelo embaixador André Corrêa do Lago buscam promover debates construtivos e ações concretas para avançar na agenda climática mundial.




