Presidentes do Boi de Maracanã e da Cia Catarina Mina são presos em flagrante suspeitos de lavagem de dinheiro
Além deles, a assessora de uma deputada estadual também foi presa. Segundo a Polícia Federal, eles são suspeitos de envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro por meio de saques em espécie de valores provenientes de emendas parlamentares estaduais.
Os presos foram:
– Maria José de Lima Soares, presidente do Boi de Maracanã e representante da Banzeiro Grande Produções LTDA;
– Larissa Rezende Santos, assessora da deputada estadual Andreia Rezende;
– Ivan Jorge da Piedade Madeira, presidente da Companhia de Cultura Popular Catarina Mina.
Os suspeitos foram presos em uma agência do Banco do Brasil, localizada no Centro de São Luís. Segundo a Polícia Federal, eles foram abordados logo após realizarem o saque de R$ 400 mil, valor que deveria ser destinado à execução de projetos sociais por entidades culturais.
As investigações indicam que os valores têm origem em emendas parlamentares estaduais destinadas a instituições culturais de fachada, contratadas para realizar eventos que provavelmente nunca aconteceram. O total dos valores supostamente desviados já ultrapassa R$ 2 milhões.
A Polícia Federal apurou que os valores sacados seriam destinados à Companhia de Cultura Popular Catarina Mina para a realização de um evento em comemoração ao Dia das Crianças, que não foi realizado de fato. O crime de lavagem de capitais pode resultar em pena de até 10 anos de reclusão.
Os três presos foram conduzidos à Superintendência Regional da Polícia Federal no Maranhão, onde foram autuados em flagrante pelo crime de lavagem de dinheiro, previsto no artigo 1º da Lei nº 9.613/1998. As investigações continuam para apurar a participação em outros crimes e envolvimento de demais pessoas, inclusive possíveis agentes públicos beneficiados pelo esquema.