A Cúpula do Mercosul foi palco de divergências entre os presidentes Lula e Milei em relação à situação na Venezuela e ao acordo comercial com a União Europeia. Durante o evento, Lula criticou a pressão dos EUA sobre a Venezuela e alertou para o risco de intervenção militar, classificando-a como uma potencial catástrofe humanitária. Enquanto isso, Milei discordou, apoiando a postura de Donald Trump e defendendo a pressão norte-americana para libertar o povo venezuelano. As diferenças de opinião também se estenderam ao acordo entre o Mercosul e a UE. Milei criticou a demora na assinatura do acordo e pediu mudanças no formato do bloco sul-americano, enquanto Lula lamentou o adiamento da assinatura, prevista para este sábado (20), mas afirmou que as negociações continuam. Há pressões protecionistas vindas de Itália e França, que dificultam o avanço das negociações. No entanto, a Comissão Europeia garantiu que está trabalhando para finalizar o acordo até janeiro. As negociações, que se arrastam há 26 anos, devem ser concluídas em breve, mesmo com as divergências entre os líderes. A expectativa é que o acordo seja assinado no início de janeiro, após a superação das questões internas que estão sendo discutidas. Lula destacou que a primeira-ministra italiana se comprometeu a assinar o acordo, o que pode facilitar o processo de finalização. A perspectiva é que, com a resolução das questões pendentes, o Mercosul consiga finalmente concluir o acordo comercial com a União Europeia.




