Proximidade, quantia em dinheiro, fuzil: o que reforça suspeitas de ligação entre preso em SP e ‘novo cangaço’ em MG
Um dia após o ataque em Guaxupé, um homem foi flagrado depositando R$ 36 mil em um banco de Ribeirão Preto, além de indicar o local onde um fuzil de precisão estava escondido. A polícia está investigando se o fuzil apreendido foi usado pela quadrilha no roubo a um banco em MG.
Um homem foi preso em flagrante na quarta-feira (9) em Ribeirão Preto (SP) e é suspeito de ter participado de um ataque coordenado a uma agência da Caixa Econômica Federal e ao quartel da Polícia Militar em Guaxupé (MG). A prisão ocorreu após a abordagem de um trio com pessoas de Rondônia que estavam com uma grande quantia em dinheiro em uma agência bancária na cidade.
Segundo as autoridades policiais, alguns fatores reforçam a suspeita de que o homem preso teve participação direta no “novo cangaço” em Minas Gerais, como a proximidade temporal dos acontecimentos, a quantidade significativa de dinheiro apreendida, o nervosismo durante a abordagem e a apreensão do fuzil de precisão.
Dos três suspeitos conduzidos à Polícia Civil, o homem preso em flagrante foi o único que acabou detido por ter sido visto fazendo depósitos bancários e por indicar a localização do fuzil. Ele foi indiciado por porte ilegal de arma de fogo e aguardava uma audiência de custódia. Os outros dois foram ouvidos e liberados, alegando não terem envolvimento no crime.
Em Ribeirão Preto, o caso está sob investigação da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), que busca além da ligação entre o fuzil e o crime em Guaxupé, descobrir a origem do dinheiro depositado e a destinatária dos depósitos realizados.
A suspeita de participação no “novo cangaço” aumenta devido à proximidade entre os eventos, a quantia em dinheiro encontrada com um dos suspeitos e o nervosismo demonstrado por eles ao serem questionados sobre o crime. Além disso, a oferta de suborno e a indicação do local onde o fuzil estava escondido reforçam as suspeitas das autoridades.
O ataque em Guaxupé, realizado por pelo menos 15 criminosos fortemente armados, ocorreu de forma coordenada, atingindo o quartel da Polícia Militar e a agência da Caixa Econômica Federal. O “novo cangaço” é caracterizado por invasões violentas a cidades pequenas para realizar assaltos a bancos. A investigação continua para esclarecer todos os detalhes desse crime organizado.