A Polícia Civil capturou na manhã do último domingo, 7, o traficante Stephan de Souza Vieira, conhecido como BH, que fugiu do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia em novembro do ano passado. Stephan é apontado como líder do Comando Vermelho em Goiás.
Ele vivia em um apartamento de luxo em Cabo Frio, onde a Polícia Civil apreendeu uma quantidade considerável em dinheiro. A quantia não foi revelada pela Polícia Civil, que investiga se houve facilitação na fuga do traficante. Ele teria pago R$ 100 mil para fugir no mesmo dia em que saiu do regime fechado para o semiaberto no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia.
A fuga de Stephan gerou o afastamento de três servidores do sistema prisional. Ele responde por homicídio, roubo, porte ilegal de arma e munição de uso restrito, associação criminosa, tráfico de drogas e associação criminosa. Segundo a delegada Myriam Vidal, titular da Draco, o foragido não ofereceu resistência durante a prisão no RJ, onde vivia em um apartamento de luxo com a esposa.
A rebelião ocorrida no primeiro dia deste ano não teria relação alguma com o preso, conforme informaram as autoridades que investigam a causa da revolta de presos. Investigadores da Delegacia Estadual de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) contaram com a colaboração de policiais civis do Rio de Janeiro para efetuar a prisão de BH.
O traficante foi trazido a Goiânia na noite de domingo em vôo comercial e levado para o Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. Ele deve ser levado nos próximos dias para um presídio federal, conforme determinação do governo federal para resolver a crise na unidade prisional goiana onde 9 presos foram executados e 14 ficaram feridos no primeiro dia do ano, durante uma rebelião.
A superlotação, falta de água, má qualidade na alimentação e a guerra entre as facções criminosas Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV) foram apontadas pela população carcerária como causas para as rebeliões que ocorreram na unidade. A Justiça Federal determinou que a Administração Penitenciária goiana limite em 400 o número de presos na Colônia Agroindustrial do Regime Semiaberto, onde aconteceu a rebelião e onde estão custodeados mais de 1200 presos.