Preso homem suspeito de obrigar ex-namorada a tatuar nome dele no rosto

A jovem de 18 anos que teve o nome do ex-namorado tatuado no rosto, tinha duas medidas protetivas contra o agressor. Moradora de Taubaté, interior de São Paulo,  ela foi vítima de diversas agressões no intervalo de um ano.

Gabriel Coelho, de 20 anos, foi preso no último sábado (21), após a mãe da garota registrar um boletim de ocorrência contra o ele. Para a polícia, a mulher disse que Gabriel agrediu a jovem e a imobilizou para fazer tatuagem. Além disso, ele teria forçado ela a gravar um vídeo autorizando a tatuagem.

A menina ficou desaparecida por um dia e apareceu com o nome dele tatuado no rosto. Gabriel passou por uma audiência de custódia no domingo (22) e teve a prisão mantida pela justiça.

O processo corre em segredo de justiça. O caso é investigado pela Delegacia da Mulher de Taubaté.

O relacionamento

Gabriel e a jovem começaram a namorar em 2019. De acordo com a mãe da menina, no início do relacionamento ele “era um rapaz bom.” Porém, após um ano de namoro, começaram as crises de ciúmes e em seguida, as agressões.

Ainda segundo a mãe da garota, a tatuagem no rosto jovem é a terceira feita pelo rapaz no corpo da vítima. Eles ficaram separados por oito meses, mas reataram o romance após ele prometer que não haveria mais agressões. No entanto, Gabriel passou a ameaçar a jovem caso ela se separasse dele.

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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