O homem que foi preso no último sábado, 24, suspeito de atear fogo em fazendas de Goiás, declarou que a motivação do incêndio criminoso foi política. Em depoimento, ele informou que recebeu cerca de R$ 300 para provocar chamas na fazenda de um desafeto político goiano.
No interrogatório, Lucas Vieira de Lima, de 29 anos, narrou não saber detalhes sobre o crime e que o mandante “não disse o nome do proprietário da terra, afirmou apenas que era um desafeto político”. Além disso, o suspeito reconheceu a fotografia de um suposto mandante do crime.
A Polícia Militar estima que cerca de 700 hectares foram queimados e que o prejuízo deixado no local é ‘incalculável’.
Prisão
Lucas Vieira de Lima foi preso em flagrante no último sábado, 24, por uma equipe de patrulha do Batalhão Rural, quando tentava atar fogo em um pasto na beira da rodovia BR-156 entre Piranhas (GO) e Bom Jardim (GO). Ele confessou o crime e entregou a identidade do suposto mandante, um pedreiro de 33 anos que também mora na região.
Ao Metrópoles, o suposto mandante negou qualquer afirmação de Lucas e informou que o conhece de vista, pois o suspeito trabalha como salgadeiro em uma lanchonete frequentada por caminhoneiros na região. “Eu nem atuo no meio político. Eu faço trabalho braçal, eu sei o que o pessoal passa com queimada. Não tenho nada a ver com isso, Deus me livre”, declarou Rogério.
Segundo Fábio Marques, responsável pela investigação, a suposta motivação política e o suposto mandante do crime foram noticiados para a polícia de maneira informal e que “não há confirmação disso nos autos, pelo menos por enquanto. O que se tem até agora é o dolo de provocar danos”, disse ao Metrópoles.
O delegado informou que uma vistoria nos locais foi solicitada para verificar os danos causados pelo incêndio e que ainda não está claro se a fazenda destruída é de propriedade de algum político.
Lucas Viera foi solto após audiência neste domingo, 25, sob condição de que não participe de nenhuma atividade política durante o período eleitoral. Além disso, a juíza Leila Cristina determinou que o suspeito passasse por tratamento psiquiátrico quinzenalmente em uma unidade do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) após alegações de diagnostico de esquizofrenia em Lucas.
“Ele aparentemente sofre de esquizofrenia. A gente abordou essa questão com a juíza, que determinou que ele precisa passar no Caps para fazer um relatório sobre isso”. Informou o advogado de defesa João Rodrigues.
O caso é investigado pela Polícia Civil, por meio da delegacia de Aragarças (GO).
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