Um homem de 48 anos foi preso preventivamente acusado de estuprar, engravidar e manter a filha de 14 anos em cárcere privado, em Santa Rosa de Goiás, a 95 quilômetros da capital. Mafrandel Windel dos Santos estava foragido havia mais de três meses em Aruanã e era acobertado pela família. A mãe da vítima chegou a levá-la, junto com o neto recém-nascido, ao esconderijo para que tivessem contato com o criminoso.
A polícia tomou conhecimento da violência sexual por meio do Conselho Tutelar da cidade onde ocorreu o estupro. Informações apontavam que uma adolescente estaria sendo mantida em cárcere privado para esconder uma gravidez resultado de sexo forçado com o próprio pai.
“Ele estava em uma chácara na zona rural de Aruanã. Foram feitos levantamentos e chegamos até o suspeito. Em depoimento, confessou os abuso e disse que outros familiares sabiam da situação e acobertavam. As investigações apontaram as responsabilidades de cada um” afirmou o delegado Kahlil Souto.
Ele soube que seria detido, por isso fugiu para Aruanã. O delegado representou ao Poder Judiciário pela decretação da prisão preventiva, acatada pelo Ministério Público e deferida por um juiz. Mafrandel foi encaminhado à unidade prisional de Itaberaí nesta terça-feira, 13.
Nesta segunda-feira, 12, a Polícia Civil também prendeu temporariamente um homem de 53 anos suspeito de cometer estupro de vulnerável contra uma criança de 8 anos de idade em Bom Jesus de Goiás. A menina teria perdido o pai e a mãe estaria enfrentando problemas financeiros, por isso o suspeito teria oferecido dinheiro em troca de favores sexuais e atos libidinosos.
Durante as investigações também foi verificado que ele respondia por outro estupro de vulnerável desde o fim do ano passado. Um inquérito foi instaurado para apurar o caso. O homem deve permanecer preso por 30 dias, tempo necessário para a conclusão das apurações.
Crimes sexuais
Somente em Goiânia, a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), registrou 159 denúncias de crimes sexuais contra crianças de janeiro a 24 de junho. Março foi o mês mais crítico, com 39 ocorrências, seguido de janeiro, com 30. A situação não é diferente na vizinha Aparecida de Goiânia, onde, no intervalo de menos de um mês – entre 26 de maio e 24 de junho – foram computados 28 casos dessa natureza.
Conforme a titular da DPCA de Aparecida de Goiânia, Thaynara Andrade, os crimes de ordem sexual vão desde a ‘simples’ importunação até os físicos. Entre eles, o mais comum é o estupro de vulnerável, quando o autor pratica conjunção carnal ou outros atos libidinosos com menores de 14 anos. A pena para esse crime varia de 8 a 15 anos de prisão.
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