Preso suspeito de mandar matar dono de oficina para vingar morte do pai

De acordo com o que foi apurado pela PC, o assassinato teria sido encomendado para vingar a morte do pai, do homem suspeito de ser o mandante do crime, no estado de Alagoas.

A Polícia Civil (PC) realizou a prisão de um suspeito de mandar matar o dono de uma oficina de motos no início do ano em Goiânia. De acordo com o que foi apurado pela instituição, o assassinato teria sido contratado em Alagoas para vingar a morte do pai do homem suspeito de ser o mandante do crime.

O autor dos disparos, que segundo as investigações teria sido contratado por R$ 5 mil, foi preso em flagrante, momentos depois do crime. O empresário, Jerdas Dias de Oliveira, que tinha 52 anos, foi executado com tiros à queima-roupa em 10 de janeiro de 2023 dentro do próprio estabelecimento, uma oficina de motos,  localizada no Parque Atheneu, em Goiânia.

O filho da vítima, menor de idade, estava presente no momento e assistiu o pai ser morto. Poucas horas após a execução, o acusado de ter efetuado os disparos contra Jerdas foi localizado e preso por militares da Rondas Ostensivas Táticas Metropolitana (Rotam).

Maurício Fabiano Cardoso admitiu durante a abordagem policial que havia sido contratado por um conhecido para matar o dono da oficina. Apontado como mandante, Edmilson Gonzaga da Silva, se apresentou nas delegacia dias depois, negou envolvimento e foi liberado em seguida.

O delegado responsável pelo caso,  Alexandre Bruno Barros, adjunto da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), solicitou e a justiça decretou a prisão preventiva do homem, que foi localizado ontem na Avenida T-2, no Setor Bueno.

Acerto de contas?

Apuração da Polícia Civil aponta que Edmilson pode ter encomendado o assassinato porque responsabilizava o comerciante pelo assassinato do pai, que tinha ocorrido vários anos antes. O dono da oficina que foi morto já tinha sido investigado por suspeita de roubos a bancos em cidades do Nordeste, segundo a DIH.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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