Preso suspeito de matar a família no Distrito Federal

família

Após cinco dias de investigação, um homem foi preso pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) por suspeita de matar uma família de oito pessoas. Ele está detido em uma delegacia do Paranoá, a cerca de 22 quilômetros de Brasília. As mãos e os braços dele estavam queimados. Os corpos dessa mesma quantidade de pessoas foram encontrados carbonizados em dois carros em pontos diferentes da capital federal.

 

No primeiro veículo queimado em Luziânia no último domingo, 15,  estavam quatro pessoas. Há possibilidade que sejam da cabeleireira Elizamar da Silva e os três filhos, sendo gêmeos de 6 anos e um garoto de 7 anos. No dia seguinte, o carro do sogro dela foi localizado após ter sido queimado em Unaí, em Minas Gerais. Havia dois corpos. 

 

A linha de investigação considera que podem ser de parte dos demais desaparecidos: o marido dela, Thiago Belchior, dos pais dele ou da irmã. A identidade de nenhuma das vítimas foi revelada porque é necessário um laudo pericial, que está em andamento. A PC de Goiás está colaborando nas buscas da família. 

 

A mulher desapareceu com as crianças logo em seguida a uma visita à casa da sogra, que também sumiu posteriormente. Os familiares da cabeleireira notaram o sumiço dela e dias depois do esposo, quando acionaram a polícia. O filho mais velho dela informou em depoimento que Elizamar havia ido à casa da mãe do marido para buscá-lo, mas se desentenderam e Thiago preferiu continuar no local.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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