Presos fazem rebelião em penitenciária de Luziânia

Após uma tentativa frustrada de fugas, um grupo de detentos faz uma rebelião, nesta segunda-feira (11), na Casa de Prisão Provisória de Luziânia, no Entorno do Distrito Federal. De acordo com o portal G1, um agente foi baleado na perna e outro é feito refém pelos presos.

A rebelião começou por volta de 0h desta segunda-feira, em Luziânia. Conforme informações preliminares de policiais militares e agentes penitenciários, o motim se iniciou quando presos de uma cela simularam que um dos detentos estava passando mal. Dois agentes entraram para socorrer e foram feitos reféns. Um deles ficou ferido após ser atingido por um disparo de arma de fogo na perna.  Ele foi socorrido, enquanto o outro segue como refém.

Os presos reivindicam agilidade na análise dos processos. Segundo eles, muitos já deveriam estar em liberdade, já que no local ficam os detentos que ainda não foram julgados. Além disto, reclamam da qualidade das refeições e da superlotação. O local comporta 140 presos, mas estaria com 340 detentos atualmente. Participam das negociações uma advogada da Comissão de Direito Penitenciário da OAB-GO, um promotor de Justiça e um policial do Grupo de Operações Regionais (Gore).

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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