Presos por atos golpistas têm idoso acima dos 80 anos e jovem de 18 anos 

PM fez cinco alertas sobre invasão ao Congresso, mas foi ignorado

A lista de bolsonaristas presos após atos antidemocráticos em Brasília tem uma pessoa acima de 80 anos de idade e um  jovem de 18 anos. Os idosos são 3,5% dos entre os 1.138 pessoas detidas pelas forças de segurança na capital federal.  A faixa etária mais frequente é entre 40 e 59 anos, que corresponde a 67% do total, de acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária do DF (Seape-DF).

 

Proporcionalmente, a quantidade de presos por faixa etária é 50 anos ou mais (393/34,5%), 40 anos ou mais (372/32,6%), acima dos 30 anos (209/18,3%), 18 anos ou mais (109 /9,6%) e 60 anos ou mais (40 /3,5%). Eles estão passando por audiência de custódia ao longo desta semana. Em seguida, os homens estão sendo encaminhados para o presídio da Papuda e as mulheres para o presídio feminino chamado de Colmeia. 

 

O grupo recebe kit higiene e é vacinado contra a covid. Pessoas com alguns tipos de doenças e mulheres com crianças estão respondendo em liberdade por questões humanitários. Em depoimento, alguns deles declararam que foram financiados para participar da invasão. A  Advocacia-Geral da União (AGU) aponta os goianos Yres Guimarães e Rafael da Silva teriam financiados o movimento.

 

Nenhum goiano foi preso durante o vandalismo, mas alguns foram identificados por terem participado dos atos golpistas. Um comissionado do gabinete do deputado estadual coronel Adailton, um policial militar, um policial civil e dois estagiários foram afastados e/ou exonerados após vídeos e fotos com registros.

 

Relembre

 

A demora do governo do Distrito Federal em agir durante a invasão de prédios sede dos três Poderes resultou na intervenção federal e na exoneração do então secretário de segurança local e ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, no último domingo, 08. Na prática,  a segurança pública da capital federal passa temporariamente a ser responsabilidade da União até o dia 31 de janeiro.

 

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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