Presos suspeitos de envolvimento em esquema de adulteração de agrotóxicos

Um homem foi preso em flagrante por posse irregular de arma de fogo durante cumprimento de busca e apreensão para investigação de suposto esquema de adulteração de agrotóxicos em Goiás. A Polícia Civil apura ainda a falsificação de documentos públicos que estariam atrapalhando o trabalho fiscalizatório do governo estadual. A ação foi realizada nesta quarta-feira, 23.

 

Ao todo, foram seis mandados judiciais em Goiânia, Senador Canedo, Cristalina e Montividiu do Norte. Os agente também dois veículos possivelmente utilizados pelo grupo criminoso. A investigação segue com o propósito de identificar demais participantes das atividades e individualizar condutas da associação criminosa ligada ao comércio, armazenamento, adulteração e falsificação de agrotóxicos e outros implementos. O objetivo é resguardar os agricultores das falsificações que causam prejuízos no campo.

 

Segundo a lei estadual 19.423, de 2016, a infração pode ser punida com advertência, multa de R$ 1 mil a R$ 50 mil,  condenação ou apreensão e inutilização ou destruição de produtos agrotóxicos, suspensão de autorização, registro ou licença, cancelamento de autorização, registro, cadastro ou licença e interdição total ou parcial de estabelecimento. Além disso, os suspeitos podem  responder ainda civil e penalmente.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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