Pressionado por derrotas, Goiás ainda tem motivos para sorrir

Goiás Esporte Clube

As últimas cinco partidas não foram muito agradáveis para o Goiás Esporte Clube na Série B. Nessa sequência, o Verdão foi derrotado por Avaí, Vila Nova, Vasco e Náutico, com um único resultado positivo diante do Vitória. O favoritismo esmeraldino por uma das vagas no Campeonato Brasileiro de 2022, além da postulação ao título da segunda divisão, diminuiu e agora o time possui 36.1% de possibilidades de subir para a elite nacional, de acordo com o site Chance de Gol. Ainda assim, a equipe goiana já mostrou que pode ser forte na competição.

Antes da atual sequência de cinco confrontos, o Goiás era vice-líder da Série B com uma campanha de 12 vitórias, nove empates e apenas três derrotas. A defesa do time era a melhor do torneio, e a caça ao líder Coritiba ganhava ares cada vez mais emocionantes a cada rodada que passava. No entanto, a queda de rendimento fez com que o Verdão caísse para a quarta colocação, podendo ser ultrapassado pelo CRB caso os alagoanos superem o Botafogo, fora de casa. A antes confortável situação no G-4 deu lugar a um sinal de alerta, e é preciso ter os pés no chão.

“Jogamos quatro jogos em nove dias, e infelizmente não conseguimos os resultados. Tivemos uma quedinha de produção, e não estamos aqui para arrumar desculpas. A gente sabe que tem de melhorar”, afirmou o meio-campista Elvis em entrevista coletiva.

Um dos líderes do elenco, o jogador acredita que o clube ainda dará a volta por cima na temporada, dando alegrias para seus torcedores ao final do ano. Para isso, o Goiás precisará se adaptar à maratona e recolocar em prática todas as qualidades que fizeram a equipe ficar em uma posição tão boa na tabela de classificação, apesar dos recentes tropeços.

Reta final da Série B

Traçando um outro recorte de cinco duelos, os próximos compromissos alviverdes são diante de CSA (7º lugar), Londrina (17º lugar), Botafogo (3º lugar), Ponte Preta (15º lugar) e Operário (13º lugar). São adversários com pretensões totalmente diferentes no campeonato. O CSA ainda sonha com o acesso. O Londrina, por sua vez, deseja sair do Z-4. O Botafogo almeja se garantir no G-4 e ir em busca do título. A Ponte não quer se aproximar da zona da degola, e o Operário busca atingir logo os 45 pontos para afastar qualquer perigo de descenso. Adversários, estratégias e estilos diferentes. A adaptação pode ser essencial para que o Goiás cumpra com os seus deveres.

Faltam poucas rodadas para acabar a Série B de 2021. O Verdão entra em campo apenas mais nove vezes na competição, e cada jogo agora é uma final. Normalmente, a média para um clube conseguir o acesso à Série A é de cerca de 65 pontos, sendo que o Goiás possui hoje 48 unidades.

Assim, o time precisaria vencer pelo menos seis dos nove confrontos para praticamente garantir a sua vaga na elite do Brasileirão. De qualquer forma, essa meta nem sempre é uma regra, até porque em 2012 o quarto colocado Vitória subiu com 71 pontos. Com tamanha igualdade entre os clubes na atual edição, tudo pode acontecer e o esmeraldino precisa abrir os olhos para no fim do ano abrir sorrisos.

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Próximos passos do plano de recuperação judicial do Vasco: entenda o que vem por aí

Após aprovação do Conselho, veja os próximos passos do plano de recuperação judicial do Vasco

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O Conselho Deliberativo do Vasco aprovou na segunda-feira passada o plano apresentado pela diretoria e permitiu que o clube dê entrada no processo de recuperação judicial. Quais são os próximos passos a partir de agora?

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O regime de recuperação judicial sempre foi tratado por Pedrinho e seus diretores como fundamental dentro do processo de reestruturação financeira que está em andamento no clube. A gestão acredita que essa é a forma mais segura e eficiente de atacar as dívidas.

De acordo com a apresentação da Alvarez & Marsal, escritório contratado para prestar consultoria ao Vasco sobre o tema, o cálculo mais recente apontou uma dívida de aproximadamente R$ 1,4 bilhão.

Pedrinho, presidente do Vasco — Foto: Jorge Rodrigues/AGIF

Na segunda-feira, 112 conselheiros votaram a favor do plano de recuperação judicial. Foram 12 abstenções e 37 votos contra. Dos que foram contrário, a maioria é de grupos políticos de oposição, que se queixaram da ausência de debate no processo – o grupo Fuzarca divulgou nota afirmando que “a falta de transparência é a tônica dessa gestão”.

Em contato com o ge, Felipe Carregal Sztajnbok, vice-presidente jurídico do Vasco, festejou o resultado no Conselho e garantiu que houve debate sobre o assunto.

– O Conselho Deliberativo endossou a orientação da Diretoria Administrativa. Foi um bom debate sobre o tema, com conselheiros e beneméritos, inclusive com a oposição. Todos foram atendidos e participaram das conversas. Foram várias reuniões (presencial e online) com a participação de membros da Diretoria e dos assessores externos contratados. Foi um processo transparente, com a participação daqueles que, sabedores de suas responsabilidades, quiseram participar e contribuir – destacou ao ge.

Segundo Carregal, a decisão não tem nenhum efeito prático imediato: por enquanto, nada muda. O Vasco vai seguir tocando a mediação com seus credores, com intermédio da Fundação Getúlio Vargas, na tentativa de enxugar as dívidas para no fim descobrir o tamanho do passivo com o qual terá que trabalhar.

A expectativa da diretoria é encerrar as mediações até o fim de janeiro. Na reunião de segunda, o clube informou que já houve acordo assinado com os credores trabalhistas da classe I, que são decorrentes de acidentes de trabalho ou da legislação do trabalho com valores para receber até o limite de 150 salários mínimos.

DIFERENÇA E OS DETALHES DO PLANO

Diferente do processo de recuperação judicial de outros clubes, que adotaram a recuperação judicial e em alguns casos conseguiram acordos que reduziram significativamente o valor das dívidas, o plano do Vasco não prevê desconto no valor devido aos credores. Carregal explica que o deságio está sendo obtido na fase de mediação em andamento.

> “O plano de credores tem diversos mecanismos e maneiras para reduzir e pagar a dívida. E esse desconto é apenas um exemplo e será usado na forma e no momento adequados. Tudo dependerá do desfecho das mediações e será feito de acordo com o planejamento traçado”, pontuou Carregal.

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O regime de recuperação judicial é considerado essencial pela diretoria de Pedrinho em especial porque protege o clube de penhoras e outras medidas constritivas. Além disso, reduz o risco de punições desportivas, como o transferban, aplicadas pela CNRD e cortes arbitrais da Fifa.

O Vasco, no momento, tem uma medida cautelar em vigor a seu favor, que suspende execuções de penhoras e bloqueios financeiros, mas a decisão tem validade somente até o dia 21 de janeiro.

Os motivos que fizeram a gestão optar pelo regime de recuperação judicial, de acordo com material divulgado internamente, são os seguintes:

Fluxo de caixa de curto prazo

Captação de recursos via DIP (debtor-in-possession)
Utilização de alavancas de antecipação de recebíveis de curto prazo
Stay period – suspensão das execuções e penhoras de caixa

Penalidades desportivas

Redução dos riscos de suspensão de punições da FIFA e CNRD
Prazo para renegociação de novas condições para pagamento de dívidas desportivas

Reestruturação da dívida

Suspensão de constrições
Reestruturação das dívidas de forma organizada e isonômica (iniciada com a mediação)
Reperfilamento (prazo e taxas) das dívidas sujeitas ou não sujeitas a RCE
Tratamento das contingências CRVG e SAF
Melhores condições de reparcelamento tributário

Soluções de longo prazo

Proteções legais para investidores
Previsibilidade do fluxo de caixa
Mitigação do risco de sucessão de dívidas (UPI)

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