PRF apreende 178 mil pacotes de cigarros vindos do Paraguai

A Polícia Rodoviária Federal apreendeu na última sexta-feira (10), um total de 178 mil pacotes de cigarros provenientes do Paraguai. A apreensão ocorreu durante um a operação conjunta entre PRF e PM, através de equipes especializadas NOE e COD, durante patrulhamento no município de Santa Rita do Araguaia/GO, os policiais observaram o comportamento nervoso do motorista de uma carreta estacionada no pátio de um posto de combustíveis às margens da BR-364, que ao perceber a presença da polícia, fechou as cortinas do veículo.

Ao abordarem o veículo e solicitarem a documentação da carga, o condutor entregou uma Nota Fiscal de transporte de grãos, porém quando os policiais verificaram o conteúdo no semi-reboque, descobriram que sob a carga de arroz haviam diversas caixas de cigarro. O condutor informou ter pegado o caminhão já carregado no município de Campo Grande/MS, com destino a cidade de Goiânia/GO, tendo recebido R$ 7.000,00 para abastecimento do caminhão e demais despesas pessoais. Como pagamento pela viagem, afirmou que receberia em torno de R$ 4.000,00.

Pra completar os policiais resolveram continuar abordando os demais veículos de carga presentes no pátio do posto de combustível, quando identificaram mais dois caminhões com carga de cigarros do Paraguai, que pelas circunstâncias poderiam estar em comboio. Estes veículos estavam trancados e não foram localizados seus condutores.

O motorista detido foi conduzido à Delegacia Polícia Federal de Jataí, em Goiás, juntamente com a apresentação de todos os veículos, celulares, dinheiro e pacotes de cigarros, de diversas marcas, para a destinação legal.

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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