PRF apreende carretas com cigarros de contrabando em Uruaçu

Nesta sexta-feira, 9, dois homens foram presos na BR-153, em Uruaçu, por contrabando de cigarros. Eles estavam em duas carretas que teriam partido de Aparecida de Goiânia com destino a Belém, no Pará. Os motoristas e os veículos foram encaminhados para a sede da Polícia Federal, em Goiânia.

 

Os produtos foram encontrados quando agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) abordaram o condutor da primeira carreta. Ele afirmou que carregava alimentos, mas apresentou nota fiscal de produtos de limpeza. Desconfiada, a equipe averiguou o carregamento e encontrou os cigarros sem documento. 

 

Um segundo veículo parecido com o primeiro foi avistado pelos policiais, que deram ordem de parada. O motorista reconheceu que transportava gêneros alimentícios e cigarros de origem estrangeiro e apresentou a mesma nota fiscal referente ao conteúdo da outra carreta. 

 

Em 2021, a participação do produto ilícito correspondeu a 48% do mercado no país, segundo dados do Ipec. Foram 53,1 bilhões de cigarros ilegais circulando nas cidades brasileiras. Do total, 39% foram contrabandeados, principalmente do Paraguai. O crime de contrabando ocorre quando alguém descumpre o controle aduaneiro na introdução e extração irregular de mercadorias estrangeiras proibidas no território brasileiro. 

 

Na lista dos produtos mais contrabandeados estão medicamentos sem registro na Anvisa, tabaco para narguilé e material de uso restrito das forças armadas e órgãos de segurança (coletes à prova de balas, spray de pimenta, arma de choque, mira telescópica e capacetes). A pena prevista varia de dois a cinco anos.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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