PRF e Semad realizam fiscalização na região do Vale do Araguaia

A Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (Semad), em ação conjunta com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), apreendeu 27 armas de fogo, 116 munições e 20 tarrafas entre outros apetrechos irregulares durante ação realizada com o objetivo de evitar crimes ambientais e fiscalizar a proibição das atividades pesqueiras na região, conforme instrução normativa do Governo de Goiás, editada para diminuir aglomerações nos municípios da bacia do Rio Araguaia. 

Fiscais da Semad acompanhados por equipes da PRF fiscalizaram veículos que trafegavam nas rodovias BR-080 e BR-010, que dão acesso a municípios que margeiam o Araguaia e seus afluentes. As equipes de fiscalização também utilizaram barcos e passaram por acampamentos e ranchos montados às margens dos rios. Em um deles, três homens foram flagrados com armas, munições, 16 tarrafas, redes e outros equipamentos de pesca.  

Um homem de 28 anos assumiu a propriedade das armas e foi preso por posse ilegal. O trio ainda foi flagrado descartando um filhote de peixe da espécie Pirara, pescado fora das medidas obrigatórias, do qual foram retirados os esporões e deixado em uma armadilha no rio. 

Em outro local, os agentes apreenderam mais quatro espingardas, várias munições e outros itens de pesca. A polícia suspeita que o armamento seria utilizado para caça ilegal de animais silvestres. 

Chamou a atenção das equipes de fiscalização a vasta quantidade de redes, tarrafas, molinetes e outros itens de pesca encontrados, mesmo com a proibição de atividades de pescaria, campeonatos de pesca esportiva, entre outras atividades, no período de 1º a 05 de abril. 

Ao todo, foram apreendidos pelas equipes 27 armas de fogo; 116 munições; duas armadilhas fotográficas; uma motosserra; um arbalete; 20 tarrafas e 15 redes de pesca. Foram realizados, ainda, 15 autos de infração e 15 termos de apreensão.

Acompanhe os vídeos da operação:

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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