PRF prende motoristas que transportavam rebites na BR 153

Três motoristas foram detidos na noite de ontem (29) e madrugada de hoje(30) na BR 153, município de Jaraguá, ao serem flagrados com comprimidos de rebite. As prisões ocorrem poucos dias depois da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Civil realizaram a Operação Morfeu, que prendeu grande quantidade do mesmo remédio, usado para inibir o sono, na mesma BR- 153.

O primeiro caso ocorreu quando um motorista de 37 anos que conduzia um caminhão Mercedez Benz que saiu de Porangatu com destino a Maringá, no Paraná, carregado com couro, foi abordado com 30 comprimidos de medicamento.Ele informou ainda que adquiriu o produto em um posto de combustíveis em Maringá e que pagou pela cartela o valor de R$ 60,00 reais.

O segundo motorista, de 48 anos, saiu de Belém, no Pará, com destino a São Paulo e transportava uma carga de eletroeletrônicos avaliada em cerca de R$ 1.200.000,00. Ele informou ainda que adquiriu a droga em um restaurante situado às margens da BR 153, no município de Araguaína, no Tocantins e que pagou a quantia de R$ 425,00.

O terceiro motorista, de 33 anos, foi abordado na madrugada desta terça-feira quando conduzia uma carreta com vasilhames de cerveja. Ele viajava de Porangatu com destino a Anápolis. Com ele foram encontrados 15 comprimidos que afirmou ter comprado o produto de outro motorista, pagando R$ 25,00 pelos comprimidos.

Em desfavor dos motoristas foram lavrados Termos Circunstanciados de Ocorrências (TCO) que serão encaminhados ao Poder Judiciário.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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