PRF prende primeiro suspeito de colocar fogo às margens de rodovia este ano, em Rio Verde

Um trabalhador rural de 39 anos foi preso suspeito de atear fogo na mata que fica às margens da BR-060, na noite desta terça-feira (24). O local onde os focos de incêndio foram encontrados fica entre Acreúna e Rio Verde, na região Sudoeste de Goiás. Trata-se do primeiro caso de prisão por este motivo registrado no estado em 2022, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Uma equipe de policiais estava em ronda e avistou pequenos focos de fumaça e fogo na rodovia. Os agentes da PRF se aproximaram do local, que tinha espécies vegetais nativas da região, e encontraram um homem com tochas de fogo acesas. O Corpo de Bombeiros foi acionado e controlou o fogo em cerca de duas horas.

“Ele já tinha criado mais ou menos 10 pequenos focos de incêndio em uma extensão de 1 Km”, conta o inspetor da PRF, Newton Moraes. Aos policiais, ele contou que foi contratado por um fazendeiro para fazer o serviço de roçagem no local. O homem foi preso e levado à Central de Flagrantes de Rio Verde.

“A partir dessa época do ano já são mais comuns estes casos. O problema é que margens de rodovias são regiões com movimento intenso de carretas, caminhões, veículos com produtos perigosos, além da questão ambiental. Quando o fogo chega em algum canavial, que é comum na região, acaba ficando incontrolável e o risco de acidente aumenta”, explica o inspetor da PRF.

Segundo o artigo 41 da Lei de Crimes Ambientais (Lei 9605/98), atear fogo pode levar a pena de dois a quatro anos de prisão e multa, que variam de acordo com a gravidade do caso.

O que fazer em caso de fogo às margens da rodovia

Qualquer pessoas que presenciar alguém ateando fogo em mata pode comunicar à Polícia Rodoviária Federal (PRF) pelo telefone 191. Os policiais vão ao local para controlar o trânsito e o Corpo de Bombeiros é acionado para controlar as chamas.

“Quando alguém se depara com incêndio na rodovia, a primeira coisa que se faz, geralmente, é fechar os vidros do carro para não entrar fumaça. O problema disso é que a fumaça que ficou no carro pode acabar levando o motorista a passar mal e até desmaiar. Então, ao se deparar com incêndio, avalia se realmente dá para atravessar a fumaça. Se não der, fica longe, vai para um local seguro e aciona a PRF. Porque o risco de sofrer acidente ou morrer queimado é muito grande”, alerta o inspetor.

Confira vídeo do incêndio:

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Polícia desmantela esquema nacional de golpes bancários

Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagra a Operação Falsa Central, uma ação coordenada pelo Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes (Gref), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic). Foram cumpridos 95 mandados judiciais em todo o país — 58 de busca e apreensão e 37 de prisão —, além do bloqueio de 438 contas bancárias ligadas ao grupo.

A operação, nesta quinta-feira (21/11), que contou com apoio das polícias civis de São Paulo, Pernambuco, Pará, Piauí e Ceará, teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada no golpe da falsa central bancária. O esquema causou prejuízos de aproximadamente R$ 200 mil a 27 vítimas identificadas apenas em Goiás.

O delegado William Bretz, chefe do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (Deic), conta que a Operação terá desdobramentos.

“A partir da análise do número 0800 usado no golpe, os investigadores descobriram outras 449 linhas vinculadas ao grupo, sugerindo um esquema de alcance nacional. Embora a primeira fase da operação tenha focado nas vítimas goianas, há indícios de centenas de outras vítimas em diferentes estados, que serão o alvo das próximas etapas”, disse.

Os envolvidos responderão por crimes como fraude eletrônica, furto mediante fraude, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas combinadas podem chegar a 29 anos de prisão. As investigações continuam sob responsabilidade do Gref/Deic de Goiás.

Alerta à população:

A Polícia Civil orienta que a população desconfie de mensagens ou ligações suspeitas sobre compras não reconhecidas e que jamais realize transações ou forneça dados pessoais sem antes confirmar diretamente com seu banco.

Em casos suspeitos, a recomendação é registrar um boletim de ocorrência imediatamente.

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