PRF vira alvo de ação civil pública do MPF em Goiás

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) virou alvo de uma ação civil pública, expedida pelo Ministério Público Federal em Goiás (MPF), nesta terça-feira, 28. A ação pretende fazer com que a corporação volte a ter comissões de direitos humanos, que se encontram suspensas desde o dia 13 de maio deste ano.

A PRF, inclusive, deve implantar ao menos 30 horas de aula sobre o tema nos cursos de formação e reciclagem dos agentes, segundo o pedido do órgão. A cobrança foi feita cerca de um mês após a morte Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, em Sergipe. O homem morreu por asfixia dentro do porta malas da viatura durante uma ação policial.

No documento, os procuradores Mariane Guimarães e Hélio Telho, resgatam que o MPF vem questionando a PRF sobre a portaria que extinguiu as comissões mesmo antes do incidente.

Recomendação

A primeira investida do MPF aconteceu no dia 30 de maio, após a procuradora Mariane Guimarães, recomendar que a PRF revogasse a portaria que extinguiu as comissões de direitos humanos da corporação (nacional e regionais) e ainda retomasse as aulas sobre o tema nos cursos dos policiais.

A ação descreve que a PRF se reuniu com o MPF, dizendo que atenderia à recomendação de forma parcial, justificando que “a disciplina de Direitos Humanos no Curso de Formação Profissional 2022, além de ser abordada de forma transversal em todas as disciplinas do curso, também será ministrada na modalidade EAD e com carga horária de 10h para os discentes”.

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STF homologa plano para melhorar condições de presídios

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu homologar o Plano Pena Justa, elaborado pelo governo federal e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para enfrentar os problemas encontrados nos presídios do país. A questão foi decidida em sessão virtual do plenário, que foi encerrada no último dia 19.

O plano foi protocolado em setembro deste ano no âmbito da ação na qual o Supremo determinou a elaboração de um plano nacional de enfrentamento aos problemas dos presídios brasileiros, como superlotação de detentos e disputas entre facções.

A determinação ocorreu em outubro de 2023, quando o STF estabeleceu o estado de coisas inconstitucional nas prisões do Brasil.

Com a decisão, a União e os estados foram obrigados a elaborar um plano para enfrentar os problemas do sistema penitenciário.

O Plano Pena Justa é composto por quatro eixos que tratam do controle de entrada e das vagas no sistema prisional; qualidade dos serviços prestados e da estrutura, reintegração social e política para não repetição do estado de inconstitucionalidade apontado pelo STF.

O plano também apresenta indicadores e metas para os anos de 2025, 2026 e 2027.

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