Primeira-dama Janja fala sobre TikTok em reunião com Xi Jinping, afirma Lula

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Janja pediu a palavra para falar sobre TikTok em reunião com Xi, diz Lula

Segundo presidente, primeira-dama não é “cidadã de segunda classe” e “entende
mais de direito digital” do que ele

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (13) que a
primeira-dama Rosângela da Silva pediu a palavra durante reunião com o
presidente da China, Xi Jinping, para falar sobre o TikTok.

Em uma entrevista coletiva em Pequim, na China, o chefe do Executivo brasileiro
comentou sobre se a primeira-dama teria se dirigido ao líder chinês para falar
sobre a plataforma.

“Eu perguntei ao companheiro Xi Jinping se era possível ele enviar para o Brasil
uma pessoa da confiança dele para a gente discutir a questão digital, e
sobretudo o TikTok”, disse Lula. “E aí, a Janja pediu a palavra para explicar o
que está acontecendo no Brasil, sobretudo contra as mulheres e contra as
crianças”.

Em abril deste ano, a primeira-dama chegou a defender a regulamentação das redes sociais após uma
menina de oito anos morrer no Distrito Federal após supostamente participar de
um desafio viral no TikTok envolvendo a inalação de desodorante.

Ainda em coletiva, Lula disse que o comentário não o incomodou, acrescentando
que a primeira-dama teria mais conhecimento que ele sobre direito digital.

> O fato da minha mulher pedir a palavra é porque ela não é cidadã de segunda
> classe. Ela entende mais de direito digital do que eu e resolveu falar

Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente da República

Ao responder a pergunta, Lula demonstrou insatisfação com vazamentos da reunião
com Xi, que teria comportado apenas ministros e pessoas próximas.

“Primeira coisa que eu acho estranho é como essa pergunta chegou à imprensa,
porque estavam só meus ministros lá. Então, alguém teve a pachorra de ligar para
alguém e contar uma conversa que aconteceu durante o jantar — algo muito, muito
confidencial e pessoal. E, depois, fui eu quem fez a pergunta, não foi a Janja”,
disse Lula.

“Eu vi na matéria que um ministro estava incomodado. Se um ministro estivesse
incomodado, ele deveria ter me procurado e pedido para sair. Eu autorizaria ele
a sair de lá”, complementou o presidente.

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