Primeiras doses da vacina pediátrica chegam a Goiás nesta madrugada

As primeiras 44.300 doses da vacina pediátrica contra Covid-19 chegarão a Goiás na próxima madrugada (14), por volta de 1h30. O anúncio foi feito pelo governador Ronaldo Caiado, nesta manhã, em rede social. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES), as doses chegarão aos municípios até segunda-feira (17). Cada cidade tem autonomia para decidir como será a vacinação, mas a recomendação da Saúde do estado é que não haja grupo prioritário nesta faixa etária. Assim, a imunização deverá ser organizada por idade, começando pelas crianças mais velhas, de 11 anos, e seguindo até chegar na faixa dos 5 anos.

A vacina pediátrica da Pfizer, autorizada pela Anvisa desde 16 de dezembro, tem um terço da quantidade de uma dose adulta. Para as crianças de até 11 anos, são estipuladas duas doses, com intervalo de oito semanas entre a primeira e a segunda. As crianças que tiverem sintomas gripais não devem se vacinar. É preciso esperar os sinais de gripe passarem para procurar uma unidade de saúde e receber a vacina. Não é necessário ter receita ou atestado de um pediatra para receber a vacina. A distribuição das doses será de acordo com a quantidade de crianças de cada município.

“A estimativa é de que pouco mais de 720 mil crianças estejam na faixa etária para receber a vacina em Goiás. A estimativa do Ministério da Saúde é de que, pelo menos até a primeira semana de fevereiro, o estado receba remessas semanais de vacina pediátrica”, explica a superintendente substituta de vigilância em saúde da SES, Cristina Laval.

Vacina pediátrica é segura

A expectativa da SES é de que haverá procura efetiva pela vacina nos postos de saúde. “É uma vacina que foi liberada por várias agências reguladoras internacionais e liberada pela Anvisa aqui no Brasil. Só foi autorizada porque todos os estudos mostraram que a vacina é segura e eficiente para este público. Já temos experiências da aplicação dela em milhares de crianças ao redor do mundo e ela tem se mostrado extremamente segura e eficaz”, afirma Laval.

Segundo a superintendente, nas unidades de saúde que aplicarem a vacina, os responsáveis serão orientados a lidar com possíveis efeitos passageiros que ela possa causar, como febre ou dor no local da aplicação. “Pode acontecer alguma reação leve que todo pai e toda mãe está acostumado a ver quando o filho recebe vacinas. Os responsáveis serão orientados”, conclui.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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