A manifestação ocorrida no sábado levou 200 mil pessoas às ruas. Um boicote aos postos de gasolina foi proclamado. A última vez em que os jordanianos saíram as ruas protestando foi em 1989, mas em número bem menor que os de hoje
O primeiro-ministro da Jordânia, Hani al-Mulk, foi forçado a renunciar, depois de protestos de rua crescentes contra o aumento no preço da gasolina, eletricidade, água, transporte público e tabaco, além de maior impostos para 165 produtos, feitos para atender o FMI e reduzir o déficit público, no valor de 40 bilhões de dólares. O rei Abdullah cancelou uma viagem ao exterior, diante dos protestos no reino.
Nas redes sociais os jordanianos estão escrevendo: “Não toque em meu salário”; “Governo de Ladrões” e “Não roubem nossos direitos”. A manifestação ocorrida no sábado levou 200 mil pessoas às ruas. Um boicote aos postos de gasolina foi proclamado. A última vez em que os jordanianos saíram as ruas protestando foi em 1989, mas em número bem menor que os de hoje. Pediam a remoção do primeiro-ministro Zaid al-Rifai, o cancelamento do estado de emergência, reformas democráticas e o fim de medidas econômicas drásticas, cancelados os subsídios existentes.
O rei Abdullah já congelou o preço do combustível, para apaziguar os súditos. Ele deve também alterar o pacote de medidas enviado para aprovação. Como o pai, no passado, ele prefere trocar ministros de seu governo e atender às reivindicações das ruas do que perder o trono.