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Primeiro presidente negro da África do Sul, Nelson Mandela completaria 100 anos hoje

Última atualização 18/07/2018 | 12:04

Um dos maiores líderes do século 20, Nelson Mandela completaria 100 anos nesta quarta-feira (18). Com várias homenagens especiais realizadas ao redor do mundo, o líder é lembrado por seu papel determinante no fim do sistema de segregação racial conhecido como “apartheid”.

Primeiro presidente negro da África do Sul, faleceu em dezembro de 2013, aos 95 anos, deixando uma mensagem de liberdade que ecoa até os dias atuais. Um ano antes de se tornar presidente, seus feitos pela igualdade do povo negro foram homenageados em 1993, quando ganhou o Prêmio Nobel da Paz. Na ocasião ele disse: “o valor deste prêmio que dividimos será e deve ser medido pela alegre paz que triunfamos, porque a humanidade comum que une negros e brancos em uma só raça humana teria dito a cada um de nós que devemos viver como as crianças do paraíso”.

O homem, também chamado de Madiba, passou 27 anos atrás das grades por seu engajamento na luta contra o racismo e deixou lições para a humanidade. Por sua contribuição à luta antirracista, o 18 de julho foi transformado pelas Nações Unidas (ONU) no Mandela´s Day, o Dia Internacional Nelson Mandela – pela liberdade, justiça e democracia, uma forma de lembrar a dedicação e seus serviços à humanidade, com forte atuação também no enfrentamento ao vírus HIV e na mediação de conflitos.

Solto da prisão em 2 fevereiro de 1990, se tornou o primeiro presidente negro da África do Sul quatro anos depois, sem derramar sangue após décadas de um regime racista branco, ocupando o cargo até 1999.

Homenagens

Em homenagem ao centenário, uma marcha liderada pela viúva de Mandela, Graça Machel, e um fórum organizado pelo ex-presidente americano Barack Obama acontecem hoje na África do Sul. A marcha vai de Joanesburgo até o Tribunal Constitucional, um lugar altamente simbólico, sinônimo da chegada da democracia na África do Sul em 1994.

O presidente Barack Obama, também primeiro presidente negro dos Estados Unidos, lembrou “a onda de esperança que tomou conta do mundo” depois da libertação de Mandela, em um discurso para 15 mil pessoas em Joanesburgo.

Ishara S. Kodikara/ AFP