De forma parecida com o que é ensinado em relação aos seres humanos, também existem primeiros socorros que podem salvar a vida de um pet, em situações de urgência e emergência. Por isso, é importante que os tutores saibam como agir e tenham ao menos uma noção destes procedimentos.
O médico veterinário e professor do curso de Medicina Veterinária da faculdade Anhanguera, em Goiânia, Thiago Bastos, explica que o conhecimento pode ser útil em situações de acidentes com traumas, intoxicação por envenenamento, hemorragias e engasgo.
“É importante ter noções básicas de primeiros socorros para cães ou gatos. Isso torna possível evitar complicações maiores no quadro clínico do animal. Uma pequena ação pode fazer a diferença, até que o animal seja encaminhado ao local de assistência adequado, como um hospital, clínica ou consultório veterinário”, pontua.
O primeiro passo é manter a calma, já que animais com dor podem se irritar e ter comportamento agressivo com o próprio dono. “Fale tranquilamente e evite movimentos muito bruscos com o pet”, orienta o especialista.
O que fazer em caso de acidentes com seu pet
Em uma situação de engasgo, a orientação é abrir a boca do pet e observar se existe algum objeto estranho. É melhor que isso seja feito com luva. Se possível, tente tirar o objeto com a mão. Se o pet tentar morder ou não colaborar, mude a estratégia: tente dar um “tapa” nas costas. Se for um pet pequeno, segure-o pelas patas traseiras e chacoalhe no ar, com o focinho para baixo. A pressão poderá ajudar o objeto a se soltar do cão ou gato engasgado.
Em caso de o pet sofrerem envenenamento, o ideal é a ida rápida ao veterinário, já que o veneno pode atingir a corrente sanguínea em menos de meia hora. Outra orientação é misturar carvão mineral com água até formar uma pasta e tentar fazer o pet ingerir. O carvão absorve alguns tipos de venenos que podem atingir o estômago dos pets.
Nos traumas, comuns em casos de atropelamentos, o que se deve fazer é imobilizar o local fraturado com algo fixo, como uma tábua ou papelão. A ideia é colocar o animal em uma superfície que simule uma maca e jamais forçar o pet a andar. Em caso de fratura exposta, cubra o local com um pano limpo e encaminhe imediatamente ao médico veterinário, para evitar complicações e infecções. O tutor não deve mexer com o osso do animal.