A “Princesinha do crime”, Rafaela Sampaio Camorim, fugiu com a ajuda de um casal armado que rendeu policiais penais no Centro de Progressão Penitenciária (CPP) do Butantã, em São Paulo. A fuga ocorreu na quinta-feira (18), com câmeras de segurança desligadas no local. Rafaela, conhecida como líder de uma quadrilha especializada em furtos de carros de luxo na capital paulista e no ABC, cumpria pena por roubo em regime semiaberto, de acordo com a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP).
A Polícia Civil está investigando o caso para identificar o homem e a mulher que ajudaram na fuga de Rafaela. Segundo relatos policiais, o casal chegou de carro à frente da unidade prisional e conseguiu libertá-la. Quando uma das agentes penais estava aguardando a chegada de uma carga de carne, foi rendida por um homem armado, enquanto a mulher entrou na prisão para retirar Rafaela, colocando a policial penal em uma cela com as outras presas. Em seguida, todos escaparam em direção à Rodovia Raposo Tavares.
O CPP do Butantã, conhecido como “cadeia de papel” devido às anteriores fugas ocorridas no local, é uma unidade destinada ao regime semiaberto, com capacidade para abrigar 1.412 presas. No entanto, atualmente, abriga 1.073 mulheres. Rafaela estava detida desde agosto e foi condenada a 12 anos de prisão por diversos crimes. O casal que a resgatou ainda não foi identificado, e as autoridades estão em busca da fugitiva.
Rafaela, de 27 anos, se apresentava como recepcionista formada em pedagogia em suas redes sociais, mas, de acordo com a polícia, era líder de um grupo criminoso especializado em furtos de veículos de luxo. O modus operandi do grupo consistia em identificar os modelos de carros visados e desativar os dispositivos de segurança. Até o momento, a defesa de Rafaela não foi localizada para comentar sobre o caso, mas as autoridades seguem em busca da fugitiva com o apoio da Polícia Militar e Civil.
Diante da gravidade da situação, o Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional de São Paulo (Sifuspesp) aponta a falta de efetivo como um dos fatores que contribuíram para a fuga de Rafaela e pede a realização de um concurso público para aumentar o número de vagas. A SAP informou que está colaborando com as investigações e tomará as medidas necessárias diante do ocorrido no CPP do Butantã em São Paulo.