Última atualização 15/07/2022 | 08:33
O ditado popular chama atenção para a importância de prevenir em vez de remediar. A sabedoria resume o que a ciência prova em estatísticas: o câncer de próstata é diagnosticado em fase avançada em 95% dos casos, de acordo com o Ministério da Saúde (MS). A doença considerada a segunda maior causa de mortes entre eles é uma das que poderiam ser evitadas ou tratadas em estágio inicial com visitas regulares ao médico, o que aumenta as chances de cura.
A ida a um urologista é aconselhada desde o nascimento do menino. Nessa fase, o especialista avalia se há alguma má formação genética e também a genitália externa (pênis, escroto, testículos), já na puberdade haverá a constatação de evolução normal ou de algum retardo na região genital enquanto para os homens adultos e idosos, os hormônios e a próstata são os alvos de maior investigação.
“Os homens não são tão determinados quanto as mulheres na hora de procurar um médico. A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) fez um estudo que mostrou que quem mais leva o homem ao urologista é a mulher. A esposa, filha e a mãe são as que mais agendam consultas para eles”, destaca o urologista Antônio Junior.
Segundo ele, o cenário tem mudado. Os motivos seriam a influência da mídia e as campanhas de prevenção do câncer de próstrata, como o novembro azul. O especialista afirma que tem percebido aumento no número de consultas agendadas por eles mesmos, especialmente para exames preventivos ou tratamento de doenças já existentes. O médico explica que muitos problemas de saúde comuns entre os homens são silenciosos.
“A mais conhecida é a cólica renal, também chamada de pedra nos rins, que podem causar dor intensa, assim como as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e doenças na genitália externa. Por outro lado, o câncer de próstata, tumor de testículo, tumor de bexiga, tumor de próstata e tumor de rim não têm sintomas, principalmente na fase inicial, por isso os exames devem ser preventivos”, alerta Antônio Junior.
Mesmo na ausência de sintomas, homens a partir dos 45 anos histórico da enfermidade na família, ou 50 anos para os demais, devem ir ao urologista para conversar sobre o exame de toque retal, que permite ao médico avaliar clinicamente alterações da glândula.
“O toque retal não viola a masculinidade do homem. Há um exame de sangue anterior a ele chamado PSA. Aí sim realizamos o toque retal para avaliar se há nódulo ou se a próstata está endurecida”, detalha. O urologista lembra que a ciência e a tecnologia ainda não conseguiram substituir esse tipo de teste. O diagnóstico, no entanto, ocorre somente por meio de uma biópsia.
Bons hábitos
Um estilo de vida saudável pode evitar que o público masculino continue liderando o ranking nacional de casos de doenças cardiovasculares, como infarto do miocárdio, obstrução das coronárias, arritmias, AVC’s (“derrames”), diabetes mellitus, obesidade, andropausa, disfunção erétil e câncer de próstata.
Antônio Junior ressalta que a receita para manter a saúde do homem é a mesma para mulheres: se alimentar bem, dormir bem, não ser obeso, ingerir bebida alcoolica com moderação, não fumar e praticar exercício físico.