A decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro divide fortemente a opinião dos potiguares. Pesquisa do Instituto Consult com 1.700 entrevistados em 59 municípios do RN mostrou que 39,53% discordam da prisão, enquanto 38,47% apoiam e 22% não souberam responder. A polarização política nacional reflete-se no empate técnico entre a aprovação e a reprovação da prisão em regime fechado do ex-presidente, com margem de erro de 2,3 pontos percentuais.
O levantamento também abordou a percepção pública sobre a proposta de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, dividindo novamente o eleitorado. 41,35% são favoráveis à anistia, enquanto 37,41% se posicionam contra e 21,24% não opinaram. Ambos os temas influenciam comportamentos eleitorais e funcionam como marcadores de pertencimento político.
A Câmara dos Deputados aprovou um projeto que diminui as penas dos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, excluindo a possibilidade de anistia. Agora o texto segue para o Senado, com relatoria de Esperidião Amin. Se aprovado, caberá a Lula sancioná-lo ou vetá-lo, podendo haver veto do Congresso ou análise pelo STF se acionado.
Os desdobramentos dessas decisões prometem continuar a causar divergências no eleitorado potiguar e nacional. A polarização política e a interpretação desses eventos como garantia da democracia ou ameaça à estabilidade do país alimentam debates acalorados e incertezas quanto ao futuro político brasileiro.




