Prisão de suspeito após rastreio de celular de jovens executados em Fortaleza

O rastreio do aparelho celular de um dos jovens executados após ser interrogados por membros de uma facção criminosa levou a polícia a prender um homem no Bairro Presidente Vargas, em Fortaleza, horas após o crime, que ocorreu no último domingo (29). Iago Evangelista Barros e João Emanuel Duarte, ambos de 19 anos, foram assassinados a tiros, em via pública, no Bairro Aracapé. Os criminosos chegaram a gravar um vídeo do momento em que os dois eram interrogados por uma mulher. Os jovens não tinham antecedentes criminais.

Durante as investigações, a polícia recebeu informações de que o celular de uma das vítimas estava com a localização ativa em uma casa. No endereço, os agentes capturaram Francisco Ronaldo Lima dos Santos, apreenderam duas armas de fogo e localizaram o aparelho, que estava na posse do suspeito. Declarou que era membro de uma facção criminosa de origem cearense, fornecendo armas e “resolvendo problemas da comunidade”. Ronaldo foi autuado por posse irregular de arma de fogo e por integrar uma organização criminosa.

Ronaldo passou por uma Audiência de Custódia nesta segunda-feira (30), momento em que teve a prisão em flagrante convertida para preventiva. O Juiz de Direito ressaltou que a detenção do suspeito é essencial para manter a ordem pública, pois ele demonstra periculosidade e falta de temor. “Reforço a conclusão do risco que a soltura do autuado representa à ordem pública, pois, inclusive, afirma que tem a função de resolver problemas na comunidade e quando não resolve, leva o assunto para a facção para ser julgado, o que desaconselha a soltura do acusado”, diz um trecho do Auto de Prisão em Flagrante, que o DE teve acesso.

O DE divulgou que Iago Evangelista Barros e João Emanuel Duarte, ambos de 19 anos, foram mortos a tiros em Fortaleza após serem interrogados por membros de facção criminosa. O crime chocou a população local, pois os jovens não possuíam antecedentes criminais. A captura de Francisco Ronaldo Lima dos Santos e a apreensão das armas utilizadas no crime são passos importantes para a investigação e esclarecimento do caso. A atuação rápida da polícia após o rastreio do celular demonstra a eficiência das forças de segurança no combate à criminalidade.

É crucial que casos como esse sejam solucionados e os responsáveis sejam levados à justiça para que a população se sinta segura. O DE ressalta a importância da participação da comunidade no fornecimento de informações que possam contribuir com as investigações. A prisão preventiva de Ronaldo é uma medida que visa impedir que ele continue exercendo atividades ilícitas e colocando em risco a sociedade. A cooperação entre polícia e cidadãos é fundamental para garantir a paz e a ordem nos locais afetados pela criminalidade.

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Médico psiquiatra em São Benedito é alvo de ação civil por recebimento indevido de mais de R$ 17 mil

O médico psiquiatra, que recebeu indevidamente mais de R$ 17 mil da prefeitura de São Benedito, no Ceará, está sendo alvo de uma Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público. Segundo as investigações, o profissional não comparecia às consultas no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) do município, prejudicando assim o atendimento aos pacientes com sofrimento mental grave. O Ministério Público requer na ação o afastamento do médico, bem como o ressarcimento do valor recebido de forma ilícita.

O psiquiatra em questão foi empossado em 2012 e deveria cumprir uma carga horária de 100 horas mensais, porém, conforme apurado, ele cumpria apenas 4 horas por semana, totalizando 16 horas por mês. As denúncias anônimas dos pacientes do Caps foram fundamentais para a descoberta da conduta ilícita do profissional de saúde. O Ministério Público considera que essa prática configurou enriquecimento ilícito, causando lesão ao erário municipal.

Além de pedir o afastamento cautelar do médico, o MP solicita também o bloqueio dos bens do servidor no valor correspondente ao prejuízo ao município de São Benedito, que inicialmente é de R$ 268.350,16. A omissão da prefeitura ao arquivar o Processo Administrativo Disciplinar instaurado contra o médico é apontada como grave pelo órgão ministerial, que busca ainda a suspensão do pagamento dos proventos pelo município.

Conforme a ação movida pela 1ª Promotoria de Justiça de São Benedito, a Prefeitura de São Benedito demonstrou descaso com o interesse público ao não adotar medidas efetivas para coibir a prática ilícita do servidor. O Ministério Público requer ainda que o servidor e o município sejam condenados a pagar danos morais coletivos ao Fundo Estadual dos Direitos Difusos do Estado do Ceará, no valor mínimo de R$ 50 mil cada, como forma de compensar os prejuízos causados aos pacientes dos Caps.

Em meio a essas acusações e solicitações do Ministério Público, a Prefeitura de São Benedito não se pronunciou às tentativas de contato feitas pelo órgão de imprensa de forma independente, deixando a situação ainda mais tensa. Resta aguardar o desenrolar dos processos judiciais para que a justiça seja feita e os danos causados aos pacientes e ao erário municipal sejam reparados devidamente.

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