Prisão do chefe do PCC na Bolívia revela “embaixada do crime” do grupo: impactos e desafios no combate ao tráfico internacional

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A prisão do chefe do PCC na Bolívia revelou uma possível “embaixada do crime” do grupo na região. Marcos Roberto de Almeida foi encontrado em Santa Cruz de la Sierra, confirmando uma suspeita antiga das autoridades brasileiras. A Polícia Civil, Polícia Federal e Ministério Público vêm investigando a presença e atuação do Primeiro Comando da Capital no país vizinho.

Os investigadores destacam que o PCC estabeleceu uma espécie de representação oficial na Bolívia, de onde os líderes do tráfico coordenam as atividades criminosas no Brasil. A presença de Marcos Roberto de Almeida na cidade boliviana é um sinal claro dessa estruturação. Os ramos da facção criminosa em diferentes países tornam mais complexa a atuação das autoridades no combate ao crime organizado.

Segundo fontes envolvidas nas investigações, a escolha da Bolívia para sediar essa “embaixada do crime” do PCC está relacionada à corrupção presente entre os policiais locais. Essa relação facilitaria as atividades ilegais dos traficantes brasileiros, sem muita interferência das autoridades bolivianas. A rede de contatos e acordos clandestinos construídos ao longo do tempo garantiriam certa tranquilidade para as atividades do grupo criminoso.

Além de Marcos Roberto de Almeida, outras lideranças do PCC estariam atuando na Bolívia, como Patrick Velinton Salomão, conhecido como Forjado, e Pedro Luiz da Silva Moraes, o Chacal. A presença de diferentes membros da facção em território estrangeiro indica uma estrutura organizada e preparada para atuar em diversas frentes. O transporte e distribuição de drogas, por exemplo, podem ser organizados a partir dessas bases internacionais.

A prisão do chefe do PCC na Bolívia abre espaço para novas descobertas e investigações sobre a atuação do grupo criminoso no exterior. A cooperação entre as autoridades brasileiras e bolivianas será fundamental para desmantelar essa infraestrutura transnacional do crime. A elucidação dos esquemas de corrupção e dos mecanismos de operação do PCC no país vizinho são cruciais para enfraquecer a influência do grupo e desarticular suas atividades ilícitas.

A presença do PCC na Bolívia ressalta a importância de uma atuação conjunta e integrada entre os órgãos de segurança dos dois países. O fortalecimento das investigações e troca de informações é essencial para enfrentar o tráfico de drogas e o crime organizado, que se expandem para além das fronteiras nacionais. A prisão do líder do PCC na Bolívia é apenas o primeiro passo em direção a uma atuação mais eficaz e coordenada na região.

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