A Justiça decidirá nesta quarta-feira (22) se decreta a prisão imediata do motorista condenado por atropelar e matar a ciclista e socióloga Marina Harkot em 2020 em São Paulo. José Maria Jr., empresário acusado do crime, foi condenado a 13 anos de prisão e agora enfrenta a possibilidade de aumento da pena para 17 anos. O Ministério Público (MP) pede punição maior por homicídio doloso, embriaguez ao volante e omissão de socorro, enquanto a defesa do réu busca anular o julgamento e marcar um novo júri.
O caso chocou a população e mobilizou diversos grupos ligados à mobilidade ativa e aos direitos dos ciclistas no trânsito. Marina Harkot era uma pesquisadora e socióloga engajada em promover o uso da bicicleta como meio de transporte para mulheres nas grandes cidades. O atropelamento fatal ocorreu em 2020, quando a vítima pedalava em uma via de São Paulo e foi atingida por trás pelo veículo dirigido pelo acusado. A tragédia gerou comoção e protestos em defesa da segurança dos ciclistas.
Durante o julgamento, os jurados consideraram que o motorista havia assumido o risco de matar, ao beber, dirigir em alta velocidade e fugir após o atropelamento. A defesa argumenta que o crime não foi intencional, mas culposo, e busca uma pena mais branda. Enquanto isso, o MP reforça a necessidade de justiça e pede que a pena seja aumentada para 17 anos, considerando a gravidade dos atos cometidos pelo réu.
Os recursos do MP e da defesa serão analisados por três desembargadores, em um processo que representa a segunda instância do Poder Judiciário. Enquanto o pedido de prisão imediata do acusado está em pauta, a família de Marina busca justiça e espera que o caso seja significativo. A mãe da vítima ressalta a importância de que o crime não fique impune e que a pena aplicada seja adequada à gravidade dos fatos.
A luta por justiça e conscientização sobre a convivência pacífica entre bicicletas e veículos motorizados continua, liderada pelos familiares e amigos de Marina Harkot. Além de promover atos e palestras, eles buscam educar a sociedade sobre a importância de regras claras para garantir a segurança no trânsito. Enquanto aguardam a decisão judicial, a memória de Marina e seu legado como defensora dos direitos dos ciclistas se mantém viva na luta por um trânsito mais seguro e justo para todos.