DELATOR DO PCC: Justiça mantém prisão de suspeito de ajudar em fuga
Matheus Soares é suspeito de ajudar olheiro a fugir para o Rio de Janeiro depois
do assassinato de delator do PCC em aeroporto
DE — A Justiça paulista decidiu manter a
prisão de Matheus Soares Brito, suspeito de envolvimento no assassinato do
delator do PCC Vinícius Gritzbach, após audiência de custódia realizada neste
domingo (8/12).
Matheus foi preso nesse sábado (7/12) e confessou ter ajudado Kauê do Amaral
Coelho, apontado pela investigação como o olheiro do crime, a fugir para o Rio
de Janeiro, segundo o secretário-executivo da Segurança Pública de São Paulo,
delegado Osvaldo Nico Gonçalves.
Gritzbach chegou a ser preso, mas foi solto em 7 de junho. O delator do PCC foi preso em 2 de fevereiro deste ano em um resort de luxo na Bahia. Segundo o MPSP, Gritzbach teria mandado matar dois integrantes do PCC. Empresário, preso sob suspeita de mandar matar membros do PCC, foi solto por determinação do STJ. Delator do PCC foi morto no Aeroporto de Guarulhos.
Antônio Vinicius Lopes Gritzbach voltava de uma viagem com a namorada quando foi
executado na tarde de 8 de novembro, na área de desembarque do Terminal 2 do
Aeroporto Internacional de São Paulo
Em coletiva de imprensa na sede do Departamento de Homicídios e de Proteção à
Pessoa (DHPP), Nico afirmou que Matheus Brito disse ter recebido a “missão” de
tirar Kauê da cidade. “Matheus não negou. Ele levou o Kauê para o Rio de
Janeiro. Disse que ele teve a incumbência de tirar o Kauê da cidade e dar fuga.
Por isso ele foi detido”, afirmou o delegado.
SUPOSTA ILEGALIDADE EM PRISÕES
Dois suspeitos no caso da morte do delator do PCC Vinícius Gritzbach foram
liberados pela Justiça nesse sábado após audiência de custódia, por suposta
ilegalidade na prisão. Marcos Henrique Soares Brito Soares, 23, e seu tio Allan Pereira Soares, 44, tiveram a prisão relaxada a pedido do Ministério Público. A avaliação é que a versão policial não se
sustentaria com o que foi apresentado nos autos do processo.
As prisões de Henrique e Allan Soares aconteceram na tarde de sexta-feira
(6/12), na zona leste de São Paulo, depois de uma denúncia anônima recebida pela Polícia Militar. Em entrevista a jornalistas na frente do Departamento Estadual de Homicídios e
de Proteção à Pessoa (DHPP), o advogado dos irmãos Marcos e Mateus, Eduardo
Kuntz, acusou os policiais de plantarem as munições dentro do carro de Allan.