Priscilla Tejota substitui Zander em CEI das contas públicas

A 15 dias do encerramento dos trabalhos e da apresentação do relatório final com as conclusões Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga as contas da prefeitura de Goiânia no período 2008-2016, o presidente da CEI, vereador Zander Fábio (PEN), anunciou que deixará o comando. A substituta será a vice-presidente do colegiado, Priscilla Tejota (PSD).

O comunicado foi feito em reunião na tarde desta quarta-feira, 30, na Sala das Comissões. Durante a sessão ordinária da manhã, Zander havia antecipado sobre sua decisão deixar a presidência.

O afastamento do parlamentar se deu pelo fato dele ter sido denunciado pelo Ministério Público de Goiás sob suspeita de gerenciar o esquema investigado na Operação Multigrana. “Para que nenhuma dúvida paire sobre os trabalhos desta Comissão, tomei esta atitude. Neste período em que trabalhamos , vocês são testemunhas de que sempre agi de forma democrática e nunca interferi ou retardei nenhuma demanda”, afirmou o vereador.

A nova presidente prometeu responsabilidade ao conduzir a CEI e garantiu que não vai alongar o período de entrega dos trabalhos. “A CEI tem prazo regimental. Ela foi prorrogada uma vez, então não há possibilidade de uma nova prorrogação”, declarou Priscilla Tejota.

Relator da Comissão, Jorge Kajuru (PRP) disse que “em nenhum momento, Zander interferiu nas minhas ações. Até hoje, foi democrático e em nenhum momento recebi pressão de sua parte”.

Comissão

Além de Priscilla Tejota e Jorge Kajuru, são membros da Comissão os vereadores Jair Diamantino (PSDC), Oséias Varão (PSB), Tiãozinho Porto ( Pros) e Kleybe Morais (PSDC). Com a licença de Zander Fábio, será convocado para integrar a CEI, o primeiro suplente, Gustavo Cruvinel (PV). Caso não assuma, a segunda suplência é ocupada por Rogério Cruz (PRB) e a terceira por Milton Mercêz (PRP).

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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